10 março 2025
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5 Mulheres que Transformaram a Educação no Brasil

Quem nunca teve uma professora marcante em sua vida? No Dia Internacional da Mulher, é relevante destacar cinco figuras femininas que transformaram a educação no Brasil. Essas mulheres demonstraram coragem ao abrir escolas para filhos de pessoas escravizadas, alfabetizar adultos e incluir alunos com deficiência visual, além de pavimentar o caminho para que outras mulheres assumissem papéis antes restritos a homens.

Anália Franco se destacou ao se tornar professora concursada aos 16 anos, atuando na educação primária. Durante sua trajetória, ela percebeu que crianças de famílias pobres e aquelas nascidas pela “Lei do Ventre Livre” enfrentavam barreiras para acessar a educação. Para ajudar, iniciou sua primeira escola em uma casa alugada, que também serviu como abrigo para aqueles que ela carinhosamente chamava de “seus alunos sem mãe”. Até 1919, Anália foi responsável pela construção de 71 escolas e diversas obras sociais.

Dorina Nowill, que perdeu a visão aos 17 anos, fez história ao se tornar a primeira aluna cega a concluir um curso regular na Escola Normal Caetano de Campos, em São Paulo. Consciente das dificuldades enfrentadas por estudantes cegos e da escassez de livros em braile no Brasil, ela fundou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, dedicada à produção e distribuição gratuita de livros em braile. Posteriormente, Dorina aprimorou seus conhecimentos em educação para cegos no Teacher’s College da Universidade de Columbia, em Nova York.

Sônia Guimarães fez história ao se tornar a primeira mulher negra a lecionar no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Sua entrada no corpo docente, em 1993, ocorreu em um contexto em que a instituição ainda não aceitava a presença feminina entre os alunos. Como resultado, Sônia foi não apenas a primeira mulher negra, mas também a primeira mulher no departamento de física do ITA.

Rita Lobato, originária do Rio Grande do Sul, foi a primeira mulher a obter o diploma em medicina no Brasil, em 1887. Sua atuação se deu em São Paulo e no Rio Grande do Sul, onde fez contribuições significativas para a saúde pública. No entanto, sua trajetória foi marcada por preconceitos e resistência. Apesar disso, Rita foi essencial para abrir portas para outras mulheres na medicina, além de se destacar como ativista pelos direitos femininos, defendendo o voto e a educação igualitária.

Antonieta de Barros ficou notável por sua luta pela educação. Após se formar pela Escola Normal Catarinense, fundou o Curso Particular Antonieta de Barros, focado na alfabetização de adultos. Além disso, tornou-se a primeira deputada estadual negra do Brasil, conquistando uma vitória em uma das primeiras eleições em que as mulheres puderam votar. Durante seu mandato, Antonieta defendeu os direitos das mulheres, advocated por melhorias na educação e foi responsável pela proposta que instituiu o Dia do Professor.

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