Lançada em 2011, “Black Mirror” tornou-se um fenômeno cultural, resultando na popularização do jargão “isso é muito Black Mirror”, que é utilizado para descrever obras e situações que exploram temas semelhantes. Ao longo de sete temporadas, a série de ficção científica ilustra os efeitos adversos da tecnologia na sociedade. Além de “Black Mirror”, existem outras produções na televisão, cinema e literatura que abordam tecnologias inquietantes que poderiam figurar no futuro. A seguir, são apresentadas cinco séries que compartilham essa perspectiva.
“Black Mirror” é a referência principal nesse tipo de narrativa. A série consiste em sete temporadas, com episódios independentes que exploram diversas realidades tecnológicas. Cada temporada traz enredos distintos, refletindo sobre como inovações tecnológicas podem moldar futuros ou criar universos alternativos. Por exemplo, o episódio “Metalhead”, da quarta temporada, retrata uma mulher lutando pela sobrevivência em um cenário pós-apocalíptico, fugindo de um robô assassino similar a um cachorro. Outro episódio marcante, “Be Right Back”, da segunda temporada, apresenta uma viúva que opta por adquirir uma versão robótica de seu cônjuge falecido.
A minissérie “Cassandra”, disponível na Netflix, apresenta uma narrativa que ecoa os temas de “Black Mirror”. A trama gira em torno de Cassandra, uma mulher que, após sua morte, é reanimada através de um robô que administra uma casa inteligente. Ao longo de seis episódios, a série alemã, lançada em 2025, destaca a assistente robótica que manipula e perturba os habitantes da residência, tanto em sua forma física quanto por meio de telas distribuídas pelos ambientes.
A série britânica “Years and Years”, lançada em 2019, também se destaca por explorar os efeitos da tecnologia e da política em um futuro alternativo. A história acompanha uma família inglesa que observa as mudanças na sociedade ao longo dos anos. Produzida pela HBO e BBC, this narration apresenta um futuro próximo que parece assombrosamente plausível, com “previsões” que refletem questões contemporâneas, como a menção a um conflito entre Rússia e Ucrânia e um cenário onde Donald Trump é reeleito presidente dos Estados Unidos.
“Devs” (2020) traz um enredo no qual a engenheira de software Lily Chan descobre que seu namorado estava envolvido em um projeto de supercomputador preditivo. Após essa revelação, Chan investiga a divisão secreta Devs, suspeitando que eles estejam ligados à morte de seu parceiro. A série levanta questionamentos filosóficos sobre a ética da tecnologia e dos sistemas que têm a capacidade de prever o futuro.
Outra produção que se aproxima do estilo de “Black Mirror” é a série “Electric Dreams” (2017), disponível no Prime Video, inspirada nas histórias de Philip K. Dick. Cada um dos dez episódios apresenta uma narrativa distinta, tocando em realidades alternativas, robôs e diversos temas pertinentes à tecnologia. O elenco inclui atores renomados, como Bryan Cranston, Anna Paquin e Steve Buscemi. Vale destacar que a produção contou com a participação da Channel 4, a mesma emissora que produziu as primeiras temporadas de “Black Mirror”.
Por fim, “The Twilight Zone”, criada originalmente em 1959, já explorava os potenciais impactos da tecnologia na humanidade há mais de cinquenta anos. Idealizada por Rod Serling, a série tornou-se um sucesso tão duradouro que passou a ter múltiplas adaptações e reinvenções ao longo das décadas. A versão mais recente foi lançada pela CBS em 2019, sob a direção de Jordan Peele, totalizando duas temporadas. É importante ressaltar que “Black Mirror” se inspira claramente em “The Twilight Zone”, apresentando episódios com notáveis semelhanças.
