Durante a sessão de abertura do Congresso argentino, o presidente Javier Milei criticou severamente o Mercosul, afirmando que o bloco beneficia principalmente os industriais brasileiros, em detrimento dos interesses da Argentina. Ele não descartou a possibilidade de retirar o país do Mercosul em busca de um acordo comercial com os Estados Unidos, reiterando a necessidade de mudanças significativas na economia nacional.
Milei utilizou a imagem da “motosserra” para representar uma nova fase de sua administração, celebrando a demissão de 40 mil servidores públicos como parte de suas promessas de reformas estruturais. Ele afirmou: “A motosserra hoje é um símbolo de uma mudança de época, o início de uma nova era dourada para a humanidade. Desta vez, em vez de ir na contramão do mundo, a Argentina está na vanguarda.” Além disso, anunciou um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que, segundo ele, poderia culminar na remoção dos controles cambiais que atualmente afetam a economia do país.
Analisando a situação econômica, Milei declarou ter conseguido reduzir a inflação e desmantelar várias instituições públicas que considerava ineficientes. Também abordou um escândalo recente relacionado a fraudes com criptomoedas, defendendo sua gestão enquanto atacava a oposição política que critica suas ações. Ele provocou: “O banco central roubou dos argentinos US$ 110 bilhões. Venham agora falar de esquema de pirâmide.”
Além das reformas econômicas, o presidente propôs mudanças na legislação penal e no sistema trabalhista, em meio a um clima de tensões políticas e críticas à sua administração. Entre as mudanças, ele sugere aumentar a severidade das penas e reduzir a maioridade penal na Argentina para 13 anos, a qual atualmente está fixada em 16 anos.
