3 março 2025
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Reino Unido Forma Aliança Estratégica para Avançar na E…

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou no dia 2 de julho uma nova iniciativa dos países europeus para negociar um acordo de cessar-fogo permanente entre a Rússia e a Ucrânia. Este movimento, denominado de “coalizão da boa vontade”, tem como objetivo manter o suporte militar à Ucrânia, liderada por Volodymyr Zelensky, e assegurar que o presidente russo, Vladimir Putin, não consiga desrespeitar um eventual acordo de paz.

Starmer afirmou que o foco inicial será posicionar a Ucrânia da maneira mais forte possível, permitindo que o país negocie a partir de uma posição vantajosa. Após uma conferência com líderes europeus em Londres, foram estabelecidos seis pontos principais que expressam os objetivos comuns entre os participantes:

1. Sustentar o apoio militar à Ucrânia e as sanções econômicas contra a Rússia.
2. Assegurar a soberania da Ucrânia e garantir a participação do país nas negociações.
3. Após um possível acordo de paz, continuar investindo na defesa da Ucrânia contra futuras agressões.
4. Formar uma ampla “coalizão da boa vontade” europeia e incentivar a urgência nas negociações para um cessar-fogo e manutenção da paz.
5. Buscar o apoio dos Estados Unidos para assegurar o êxito do plano.
6. Organizar uma nova conferência “muito em breve” para manter o progresso nas discussões e desenvolver o plano conjunto.

Além da iniciativa pela paz, o primeiro-ministro revelou a destinação de 1,6 bilhão de libras (aproximadamente 11,8 bilhões de reais) para a compra de mísseis antiaéreos, com a intenção de reforçar os sistemas de defesa ucranianos. No dia anterior, o governo britânico anunciou um empréstimo de mais de 2 bilhões de libras (14,8 bilhões de reais) à Ucrânia, financiado por valores de origem russa que estão congelados no Reino Unido.

Em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro na mesma data, o presidente da França, Emmanuel Macron, detalhou suas ideias sobre a crise ucraniana. Ele expressou que não acredita em um cessar-fogo que seja apenas o resultado de um entendimento entre Estados Unidos e Rússia, e sugeriu, juntamente com Starmer, uma “trégua aérea, marítima e nas infraestruturas energéticas” por um período de um mês. Macron considerou essa pausa uma possível medida, enquanto observou que a linha de frente atual se equivalente à linha entre Paris e Budapeste, ressaltando as dificuldades de verificar o respeito a um cessar-fogo no terreno.

Após a conferência em Londres, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que os países europeus precisam aumentar seus investimentos em defesa. Ela enfatizou a urgência de rearmar a Europa, manifestando que os Estados-membros requerem “espaço fiscal” para expandir os investimentos no setor de defesa. Desde que a invasão russa à Ucrânia começou em fevereiro de 2022, líderes europeus que têm apoiado Zelensky adotaram a retórica de prevenir a escalada do conflito no continente, assim como a possibilidade de uma crise nuclear. Em relação à possibilidade do Reino Unido se envolver em um conflito diretamente com a Rússia, Starmer evitou o tema, reiterando que a prioridade é garantir a paz.

No contexto, é importante notar que trinta países europeus são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), juntamente com os Estados Unidos e o Canadá, incluindo a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia. Conforme estabelecido no artigo 5 do tratado, um ataque a qualquer membro da aliança acarreta a ativação de uma resposta militar coletiva contra o agressor.

Questionado sobre a intenção dos Estados Unidos em integrar o plano, Keir Starmer declarou que “os EUA são aliados confiáveis do Reino Unido” e destacou que o governo britânico mantém um diálogo contínuo com a Casa Branca. Recentemente, ele se reuniu em Washington com o presidente americano, Donald Trump. Contudo, a mobilização na Europa acontece em um momento em que o governo dos EUA demonstra um afastamento de seus aliados europeus e aproximação com a Rússia. Desde sua posse, Trump fez declarações de apoio a Putin e expressou preocupações sobre os altos custos do apoio americano à Ucrânia.

Na última sexta-feira, 28, ocorreu um incidente constrangedor entre Trump e Zelensky em um encontro em Washington, onde o presidente ucraniano reclamou da falta de apoio e solicitou “garantias de segurança”. Trump, por sua vez, criticou Zelensky, chamando-o de “ingrato” e afirmando que ele “não está ganhando a guerra”.

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