Auxiliares do governo federal expressaram, na semana passada, insatisfação com a postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas redes sociais, ao caracterizar como fake news as informações sobre o aumento da contribuição dos Microempreendedores Individuais (MEIs). O ministro afirmou: “Os bolsonaristas começaram a divulgar mais uma fake news. A contribuição social do MEI continua em 5% do salário mínimo, como sempre. E só pode ser alterada pelo Congresso Nacional. Não há nenhuma iniciativa parlamentar nesse sentido. Quem espalha essas mentiras está atrapalhando o empreendedor brasileiro.”
Os integrantes do governo consideram que Haddad cometeu novamente um erro ao se manifestar dessa forma. É de conhecimento geral que o imposto, na prática, aumentou, especialmente porque está diretamente ligado ao salário mínimo, que também foi reajustado, resultando em elevação da contribuição. Essa negação, segundo a avaliação do Palácio do Planalto, assemelha-se a um incidente anterior relacionado ao Pix, onde o governo enfrentou críticas da oposição ao tentar desmentir o aumento da fiscalização da Receita Federal sobre transações financeiras.
Um auxiliar do governo comentou: “O aumento de imposto para o MEI é realidade. Chamar de fake news é a própria fake news.” Na perspectiva de quem paga impostos, é fundamental reconhecer que mais recursos estão sendo retirados das contas para sustentar o governo. Embora o salário mínimo tenha aumentado, muitos trabalhadores, especialmente os que atuam como empreendedores, continuam com a mesma renda. Dessa maneira, o motivo pelo qual a contribuição se tornou mais onerosa é secundário.
