Novas medidas comerciais dos Estados Unidos têm início nesta terça-feira (4), como parte da estratégia governamental para fortalecer a indústria nacional e exigir maior segurança nas fronteiras. As ações afetam diretamente o Canadá e o México, que estão considerando respostas em relação às tarifas impostas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a implementação de tarifas de 25% sobre todas as importações provenientes do Canadá e do México, além da duplicação da tarifa sobre produtos chineses para 20%. Durante uma coletiva de imprensa, Trump enfatizou que não existem opções de negociação e que os países vizinhos devem se adequar à nova política comercial. De acordo com o presidente, é necessário que esses países estabeleçam suas fábricas nos Estados Unidos para evitar essas tarifas.
Essas tarifas abrangem um total de aproximadamente US$ 1,5 trilhão em importações anuais e já estão afetando os mercados financeiros. O índice S&P 500 apresentou uma queda superior a 2%, enquanto o Nasdaq Composite registrou um recuo de mais de 3%. Companhias como Nvidia e ConocoPhillips sofreram desvalorizações significativas.
O governo canadense anunciou possíveis tarifas retaliatórias que podem chegar a US$ 86,4 bilhões sobre produtos americanos. O primeiro-ministro Justin Trudeau mencionou que o Canadá responderá de forma forte e proporcional. Por sua vez, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, considera impor tarifas sobre produtos chineses como uma estratégia para aliviar o impacto das tarifas dos EUA.
Na China, o governo de Xi Jinping também está avaliando a possibilidade de medidas retaliatórias, como tarifas sobre produtos agrícolas e alimentícios dos Estados Unidos. A Embaixada Chinesa criticou a decisão de Washington, alegando que as tarifas infringem as normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e representam um ato de protecionismo comercial.
Além disso, Trump comunicou planos para implementar novas tarifas setoriais, como uma taxa de 25% sobre a importação de aço e alumínio, com prazo estipulado para 12 de março, além de tributações adicionais sobre automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos, com início previsto para abril.
Especialistas alertam que essas novas tarifas podem aumentar a inflação nos Estados Unidos, impactar as cadeias de suprimentos e prejudicar setores fundamentais da economia americana. A abordagem assertiva do governo Trump na guerra comercial pode resultar em retaliações que comprometam ainda mais as relações econômicas globais.