As manifestações que ocorrem na Sérvia há quatro meses têm recebido a adesão de estudantes, professores e agricultores, evidenciando um descontentamento crescente em relação ao governo do presidente Aleksandar Vucic. Este descontentamento é alimentado por alegações de corrupção e má administração, que têm sido amplamente discutidas entre a população e nas esferas políticas.
Recentemente, a sessão do Parlamento sérvio se tornou palco de confrontos que resultaram em ferimentos a pelo menos três parlamentares, incluindo uma legisladora do partido SNS, que se encontra em estado grave após um derrame. Durante essa sessão legislativa, houve um embate entre opositores e a segurança, com o lançamento de bombas de fumaça e sinalizadores.
Os opositores manifestaram sua insatisfação assobiando e segurando cartazes que pediam “greve geral” e “justiça para os mortos”, destacando a crescente tensão política no país. Em resposta a essa situação, organizadores dos protestos programaram uma grande manifestação em Belgrado, para o dia 15 de março. Do lado governista, líderes alegam que há uma tentativa de desestabilização da nação promovida por agências de inteligência ocidentais, o que adiciona complexidade ao contexto político atual.
Uma das principais solicitações dos manifestantes envolve a aprovação de uma lei para aumentar os fundos destinados às universidades, um tema que tem gerado debates acalorados entre os membros do Parlamento.