6 março 2025
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Mayara Lima, da Tuiuti, Luta pela Inclusão e Diversidade na Passarela do Samba

Mayara Lima irá desfilar pela escola de samba Paraíso do Tuiuti na Sapucaí. Desde os 14 anos, Mayara tem uma longa história com a agremiação, e neste ano, com 24 anos, retorna à Passarela do Samba como rainha de bateria, um título que conquistou em 2023, após ter sido a princesa da bateria anteriormente. Um momento marcante em sua trajetória ocorreu em 2022, quando ela se destacou nas redes sociais ao sambar com habilidade durante um ensaio, o que culminou na sua ascensão ao cargo.

O samba-enredo da Paraíso do Tuiuti para este ano é intitulado “Quem Tem Medo de Xica Manicongo?” e foi criado pelos compositores Claudio Russo e Gustavo Clarão. O tema abordará a história de Xica Manicongo, considerada a primeira travesti do Brasil. Em homenagem à comunidade LGBTQIA+, Mayara entrará no desfile trazendo a bandeira do arco-íris. A agremiação busca evidenciar a luta e a força dessa comunidade, ressaltando a necessidade de apoio e diálogo, especialmente considerando que o Brasil é um dos países onde há altos índices de violência contra pessoas trans e travestis.

Antes de sua trajetória na Paraíso do Tuiuti, Mayara integrou a escola mirim Aprendizes do Salgueiro. Ela participou da ala de passistas e, no ano seguinte, foi para a escola de amarelo e azul, que competia na série B. Em 2016, foi selecionada para representar o Salgueiro no concurso Musa do Caldeirão, apresentado por Luciano Huck, onde se destacou entre as finalistas. Em 2017, voltou ao Tuiuti, já competindo no Grupo Especial.

A influência do samba de Mayara ultrapassou fronteiras. Após o carnaval em que retornou à Tuiuti, a dançarina foi à Austrália para ensinar sobre o samba. Ela voltou ao Brasil em 2020 e foi anunciada como musa da escola, continuando sua paixão por ensinar os movimentos do samba a todos que desejam aprender. Ela também expressa que os ensaios são uma de suas grandes paixões, permitindo-lhe ser autêntica sem receios. O samba, segundo suas palavras, é uma dança inclusiva e acessível a qualquer pessoa disposta a aprender. Desde então, sua dedicação e talento foram reconhecidos, resultando em sua coroação.

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