A vitória do Palmeiras contra o Cerro Porteño, na segunda rodada da Copa Libertadores da América Sub-20, foi marcada por um incidente grave de racismo dirigido a jogadores brasileiros. O acontecimento ocorreu no Estádio Gunther Vogel, no Paraguai, onde os atletas palmeirenses sofreram ofensas raciais. Em resposta, dois rivais tradicionais do clube, Corinthians e São Paulo, manifestaram sua solidariedade através de publicações nas redes sociais. Ambos os clubes lamentaram o ocorrido e destacaram que situações semelhantes de racismo contra brasileiros estão se tornando frequentes. O Botafogo também se pronunciou sobre o assunto.
O Palmeiras denunciou o ato de racismo ocorrido no Paraguai, considerando-o repugnante e inaceitável. Após os incidentes, o jogador Luighi, do Palmeiras, expressou sua revolta em uma entrevista, caracterizando o racismo como um crime. A equipe também lamentou que seus jogadores tenham sido vítimas de racismo durante a competição.
O Sport Club Corinthians Paulista emitiu uma nota de solidariedade ao atleta Luighi, reafirmando seu repúdio aos atos racistas que continuam a ocorrer contra jogadores brasileiros. A publicação enfatizou que, acima de rivalidades, a luta deve ser conjunta contra o racismo. De forma semelhante, o São Paulo manifestou apoio ao jogador, parabenizando-o pela coragem de se pronunciar e pedindo punições para os responsáveis pelos atos racistas. O clube enfatizou a necessidade de união na luta contra esses comportamentos inaceitáveis.
O Botafogo também se posicionou, enviando força ao atleta Luighi e questionando até quando episódios de racismo se repetirão. O clube reforçou seu compromisso com a igualdade, o respeito e a inclusão. O Santos Futebol Clube, por sua vez, expressou profunda lamentação pelo ocorrido e destacou a repetição de atos racistas contra jovens brasileiros, unindo-se na luta para que tais comportamentos cheguem ao fim.
O incidente de racismo ocorreu aos 36 minutos da segunda metade da partida. Após ser substituído, o jogador Figueiredo foi alvo de imitações de macaco por um torcedor, enquanto Luighi também enfrentou ofensas raciais. Mesmo após alertar a arbitragem sobre as ofensas, o árbitro Augusto Menendez ignorou a situação, permitindo que a partida seguisse normalmente. O jogador Luighi foi visto chorando no banco de reservas após esses acontecimentos.
Após o final do jogo, Luighi concedeu uma entrevista. Questionado apenas sobre a partida, expressou sua indignação em relação ao ato racista que havia sofrido, afirmando: “É sério isso? Não vai perguntar sobre o ato de racismo que fizeram comigo? Até quando vamos passar por isso? O que fizeram comigo foi um crime.” Ele enfatizou a necessidade de as entidades responsáveis, como a Conmebol e a CBF, tomarem atitudes em relação a situações de racismo, demandando um posicionamento eficaz sobre a questão.