O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para buscar sua absolvição sumária em relação a acusações vinculadas a uma alegada tentativa de golpe. Cid, que colaborou com as investigações e firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, detalhou a participação de Bolsonaro e de seus apoiadores na tentativa de obstruir a posse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de sua colaboração com as investigações, Mauro Cid também foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR), uma prática que ocorre frequentemente em casos de delação. A defesa de Cid argumenta que ele não deve ser responsabilizado criminalmente, pois estava apenas cumprindo suas funções como ajudante de ordens.
Os representantes legais de Cid afirmaram que não houve coerção durante a assinatura da delação, enfatizando que todo o processo ocorreu sob a supervisão de sua equipe jurídica, o que assegura a legalidade de suas declarações. Esta defesa é essencial para refutar questionamentos sobre a credibilidade do depoimento.
O prazo para a apresentação das defesas dos outros denunciados termina nesta quinta-feira (6), exceto para o general Braga Netto e o almirante Almir Garnier, que têm até amanhã (7) para se manifestar. Depois que as defesas forem apresentadas, o STF irá marcar o julgamento das denúncias, dando continuidade ao processo que envolve figuras relevantes na política brasileira.