Os advogados do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, apresentaram uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (6) sobre a denúncia de tentativa de golpe de Estado, formulada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Após sua saída do cargo no governo de Jair Bolsonaro, Torres assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e foi detido sob acusações de ter sido conivente e omisso durante as depredações ocorridas na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Sua detenção durou aproximadamente quatro meses.
A “minuta do golpe”, um documento que detalhava a estratégia a ser implementada, foi encontrada na residência do ex-ministro. Em 2023, Torres afirmou que o “papel não foi para o lixo por mero descuido”, acrescentando que não sabe quem produziu tal documento anônimo e desconhece as condições em que foi gerado. Ele enfrenta acusações pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Anderson Torres tinha até esta quinta-feira (6) para se pronunciar sobre a denúncia. Esse prazo também se aplica a outros denunciados, incluindo Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid. Todos foram intimados em 19 de fevereiro, recebendo um período de 15 dias para apresentar suas respostas. No caso de Walter Braga Netto, a intimação ocorreu no dia seguinte, fixando o prazo para essa sexta-feira (7).