O presidente dos Estados Unidos afirmou que o país considerará uma ação militar contra o Irã caso o governo iraniano não busque negociar sobre seu programa nuclear. Durante uma entrevista à Fox Business, ele mencionou ter enviado uma carta ao aiatolá Ali Khamenei, expressando sua esperança de que as negociações acontecessem, alertando que um ataque militar teria consequências severas para o Irã.
Em resposta a essas declarações, Khamenei criticou a postura dos Estados Unidos, abordando o que chamou de uma política de “intimidação”. O líder supremo do Irã não fez referência direta à carta enviada pelo presidente americano. O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, informou que o país ainda não havia recebido tal correspondência, destacando que, apesar dos rumores, a comunicação não foi formalizada.
Khamenei destacou em seu discurso que os Estados Unidos não veem as negociações como um meio de resolver conflitos, mas sim como uma forma de exercer controle e impor sua vontade sobre outras nações. Ele fez essas declarações durante um evento destinado a autoridades, em comemoração ao Ramadã, ao lado de Massud Pezeshkian, um legislador que apoia o diálogo com nações ocidentais para aliviar as sanções e revitalizar a economia iraniana.
Em 2018, os Estados Unidos se retiraram unilateralmente de um acordo nuclear que havia sido firmado entre o Irã e várias potências mundiais, onde estavam previstas medidas para o controle do programa nuclear iraniano em troca do levantamento de algumas sanções. Após essa decisão, o Irã começou a afastar-se de suas obrigações acordadas, intensificando suas atividades nucleares. O país defende o uso da energia nuclear para fins pacíficos, embora afirme não ter interesse em desenvolver armas nucleares.