Israel anunciou a interrupção imediata do fornecimento de eletricidade na Faixa de Gaza, conforme declarado pelo Ministro de Energia Eli Cohen. Em sua declaração, Cohen afirmou que uma ordem foi assinada para a suspensão do fornecimento elétrico e que todas as medidas disponíveis seriam utilizadas para assegurar a devolução dos reféns, enfatizando que o Hamas não estará presente em Gaza “no dia seguinte”.
Essa declaração foi divulgada em um momento em que as negociações sobre um acordo de reféns estão em andamento. O Hamas, por sua vez, solicita o início imediato das conversas para uma segunda fase do cessar-fogo, proposta à qual Israel se opõe. A primeira fase do acordo, que inclui a troca de reféns, está atualmente em vigor, e Israel busca estendê-la, no entanto, sem um compromisso de pôr fim à guerra.
Na última semana, Israel implementou um bloqueio total de ajuda para a Faixa de Gaza como parte de uma estratégia para pressionar o Hamas a concordar com novas condições para prolongar o cessar-fogo. Uma delegação do Hamas viajou a Cairo para discutir o acordo e buscar a ampliação das negociações. Israel confirmou ter “aceitado um convite” de mediadores apoiados pelos EUA para enviar uma equipe a Doha, com o objetivo de avançar nas discussões.
Adicionalmente, uma fonte israelense revelou que o país está “dando uma chance às negociações” antes de considerar uma nova ofensiva em Gaza. O governo israelense e o Hamas haviam formalizado um cessar-fogo, que incluiu a liberação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. Este conflito se intensificou em 2023, após um ataque do Hamas que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, de acordo com estimativas israelenses, e o grupo continua a deter muitos reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense como parte da Palestina. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou seu compromisso de neutralizar as capacidades militares do Hamas e recuperar os reféns. Além dos ataques aéreos, o Exército de Israel tem realizado operações terrestres na região, resultando em um deslocamento massivo da população de Gaza.
Organizações da ONU e diversas agências humanitárias têm alertado sobre uma grave crise humanitária em Gaza, caracterizada pela escassez de alimentos, medicamentos e um aumento na propagação de doenças.
