A China decidiu implementar tarifas de 100% sobre produtos canadenses como óleo de colza e ervilhas, além de uma taxa de 25% sobre carne suína e produtos aquáticos. Essa medida, anunciada no dia 9, representa uma retaliação contra as taxas de importação que o Canadá estabeleceu em outubro, simultaneamente a um cenário de crescente tensão comercial, influenciado pelas políticas tarifárias do governo dos Estados Unidos.
Essas tarifas, que estão programadas para entrar em vigor em 20 de março, refletem diretamente as barreiras comerciais que o Canadá impôs há pouco mais de quatro meses, especificamente a veículos elétricos da China e produtos metálicos. A exclusão do óleo de colza das tarifas pode sugerir uma abertura para futuras negociações comerciais entre os dois países.
Analistas destacam que, apesar dessa abertura, as novas tarifas funcionam também como um aviso sobre as tensões comerciais. O governo dos Estados Unidos já sinalizou que está disposto a reconsiderar tarifas de importação de 25% que ameaçam Canadá e México, caso estes países implementem taxas similares que foram aplicadas a produtos chineses relacionados ao fentanil.
Em um comunicado oficial, o Ministério do Comércio da China afirmou que as ações do Canadá violam as diretrizes da Organização Mundial do Comércio e caracterizou essas tarifas como protecionistas e discriminatórias, que afetam negativamente os interesses legítimos da China.
As tarifas anunciadas implicam uma taxa de 100% sobre importações que totalizam um pouco mais de US$ 1 bilhão relacionadas a óleo de colza e ervilhas, bem como uma taxa de 25% sobre US$ 1,6 bilhão de carne suína e produtos aquáticos oriundos do Canadá.