10 março 2025
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Caiado se opõe à candidatura única na direita e gera polêmica

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, irá ser o primeiro candidato a formalizar sua pré-campanha à Presidência da República. O evento está marcado para o dia 4 de abril em Salvador, na Bahia, e deverá contar com a presença de diversas personalidades e lideranças políticas.

Faltando um ano e meio para o próximo pleito, outros governadores de estados da direita são mencionados como possíveis candidatos em 2026. Entre eles estão Tarcísio Gomes de Freitas, de São Paulo; Romeu Zema, de Minas Gerais; Ratinho Junior, do Paraná; e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul.

De acordo com uma reportagem recente, em meio às questões legais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, esse grupo tem discutido estratégias para consolidar uma candidatura forte que possa competir com o presidente Lula ou com um candidato indicado por ele em 2026. Contudo, não há um consenso sobre essa abordagem. Caiado destacou que não é necessário que apenas um candidato da direita se apresente. Ele afirmou que “nós vamos ter várias candidaturas”.

O governador argumentou que limitar os candidatos seria um erro, favorecendo apenas o atual presidente, que tem o aparato governamental ao seu favor. Ele ressalta que “com um candidato só, é muito mais fácil para aquele que está na Presidência fazer mais de 50% dos votos do que se tiver uma multiplicidade de nomes da oposição que tenham votos”.

Caiado acrescentou que a diversificação de candidatos de diferentes partidos possibilita a mobilização do eleitorado de cada região. Ele acredita que, ao chegarem ao segundo turno, esses candidatos podem solidificar apoios mútuos.

Em relação à sua candidatura, Caiado enfatizou que seu papel é percorrer todo o Brasil e pedir votos, evitando conflitos com outros postulantes. Ele acredita que “quem tiver maior capacidade chega ao segundo turno”.

Atualmente, enquanto trabalha para estabelecer uma candidatura de oposição para 2026, o União Brasil ocupa três ministérios no governo Lula. Caiado considera essa situação parte da “vida congressual”, indicando que os temas devem ser abordados separadamente.

O governador destacou que a maioria dos membros do partido foi eleita no espectro da centro-direita e não possui vinculação com o eleitorado petista, enfatizando que a presença no governo não altera a identidade política do partido. “Você não pode ter a ideia de que, por ter ministros, o eleitor do partido é o de esquerda”, afirmou.

Caiado ainda mencionou que a entrega dos ministérios será discutida durante a convenção partidária, que ocorre antes da campanha eleitoral e define candidaturas e alianças. Ele observou que, até essa convenção, sempre haverá negociações entre aqueles que desejam manter sua influência no governo.

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