10 março 2025
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Suspeito de Homicídio em Vitória Alega Alibi, Mas Versão da Mulher Contradiz Declarações

A prisão temporária de Maicol Sales dos Santos, que durará 30 dias, foi realizada no sábado (8) devido a contradições em seu depoimento. A decisão judicial também considerou que ele é proprietário do veículo avistado por testemunhas na cena do crime. O corpo da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi encontrado com sinais de violência na cidade de Cajamar.

Investigadores reportaram que a prisão de Maicol ocorreu após a análise de seu relato sobre sua localização na noite em que Vitória desapareceu, no dia 26 de fevereiro. Ele alegou estar em casa com sua esposa, que, no entanto, contradisse essa informação, afirmando que passou a noite na casa de sua mãe. A audiência de custódia realizada no domingo (9) resultou na manutenção de sua prisão.

Um fator importante que influenciou a decisão judicial foi a propriedade do carro, um Toyota Corolla, que estava presente na cena do crime. Além disso, há relatos de vizinhos sobre atividades suspeitas nas proximidades da residência de Maicol na noite do desaparecimento de Vitória. Segundo a juíza responsável pelo caso, existem “fortes indícios” de que ele possa estar envolvido no crime.

A Justiça também autorizou a realização de buscas na residência do suspeito e a quebra de sigilo de dados de seus dispositivos eletrônicos. Embora a polícia tenha solicitado a prisão temporária de um segundo suspeito, identificado como Daniel Pereira, a Justiça negou o pedido, mas permitiu a busca e apreensão em sua casa.

Ainda está em investigação a motivação do crime. Há indícios de que se trata de um crime passional relacionado a vingança, possivelmente perpetrado por pessoas que mantinham relações com Vitória. Os investigadores também hypothesizam que a adolescente foi assassinada para silenciá-la, uma vez que ela estaria ameaçando expor informações sobre outros indivíduos. Neste contexto, a possibilidade de que o crime tenha sido encomendado vai sendo considerada, assim como a possível ligação do suspeito com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A brutalidade do ato é sustentada pelo estado em que o corpo da jovem foi encontrado, apresentando cabelos raspados e vestígios de tortura. Vitória trabalhava em um restaurante de um shopping no centro de Cajamar e costumava ser buscada pelo pai no ponto de ônibus após seus turnos. No dia 26 de fevereiro, seu carro estava quebrado, o que a obrigou a fazer o trajeto sozinha.

Durante o percurso, Vitória enviou mensagens a uma amiga expressando seu medo em duas situações distintas. A primeira mensagem referia-se a um grupo de homens no ponto de ônibus; na segunda, ela se mostrava apreensiva ao notar que os mesmos homens embarcaram no ônibus em direção ao bairro Ponunduva, onde residia. De acordo com o motorista do coletivo, Vitória desceu sozinha no ponto, e logo em seguida deixou de responder às mensagens, resultando em seu desaparecimento. Seu corpo foi encontrado na quarta-feira (5), com marcas de violência, em uma trilha no bairro de Ponunduva, na zona rural de Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo.

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