10 março 2025
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Investigação Revela “Coautoria de Outros Envolvidos” no Caso Vitória

A Polícia Civil anunciou a coautoria de outros indivíduos no assassinato de Vitória Regina de Sousa. A informação foi divulgada pelo diretor da instituição, que destacou a participação de várias pessoas no crime, confirmando a coautoria. Exames periciais revelaram que Vitória apresentava marcas de tortura e foi morta em um local distinto de onde seu corpo foi encontrado, com o cativeiro ainda não localizado.

Os investigadores estão focando em três suspeitos: o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinícius Moraes, além de Maicol Sales dos Santos e Daniel Lucas Pereira. Apesar de Gustavo afirmar que não mantinha contato com a jovem há meses, dados da investigação mostraram que Vitória o contatou no dia de seu desaparecimento. O diretor também mencionou que a geolocalização do celular de Gustavo o posiciona nas proximidades da casa de Vitória no momento do crime. Maicol teve seu veículo examinado após ser visto nas proximidades do local do desaparecimento, e um fio de cabelo encontrado no carro será analisado por meio de exame de DNA. A polícia também apreendeu o celular de Daniel, que está sob investigação por ter filmado o trajeto entre o ponto de ônibus e a residência da vítima.

A Polícia Civil de São Paulo efetuou a prisão de Maicol Sales dos Santos, proprietário do carro identificado seguindo Vitória antes do seu desaparecimento. A prisão ocorreu em Cajamar, na Grande São Paulo, após câmeras de segurança terem capturado a perseguição momentos antes dela desaparecer enquanto se dirigia ao ponto de ônibus após o trabalho. Contradições nas declarações de Maicol, que compareceu à delegacia como testemunha, foram os motivos que levaram à sua detenção.

Durante seu depoimento, Maicol alegou que estava em casa com a esposa na data do crime, porém, sua esposa contradisse sua versão. O delegado Luiz Carlos do Carmo indicou que um fio de cabelo encontrado dentro do veículo será testado para confirmar se pertence à vítima. O carro, um Chevrolet Onix branco, é de propriedade de Maicol.

Na última quinta-feira, a justiça havia rejeitado o pedido de prisão de Gustavo Vinícius Morais, anteriormente considerado um dos principais suspeitos do crime, tendo ele já sido ouvido na investigação. Seu celular também foi apreendido para investigação.

Na decisão judicial, a juíza Juliana Diniz Junqueira apontou indícios contundentes da participação de Maicol no crime, observando que não existia linha investigativa que não indicasse sua conexão com os fatos apurados. Ela também expressou preocupações sobre a possibilidade de que o suspeito possa influenciar outras testemunhas, o que justificou a aceitação do pedido de prisão temporária.

Houve também um pedido de prisão temporária para Daniel Lucas Pereira, mas a juíza negou essa solicitação, afirmando que a única conexão de Daniel com o caso havia sido esclarecida. Ela enfatizou que, até o momento, ele colaborava com as investigações, mas que quaisquer ações que dificultem a apuração dos fatos poderão resultar em um novo pedido de prisão. Além disso, mandados de busca e apreensão foram autorizados nos endereços de Maicol e Daniel, com a quebra de sigilo telefônico dos dispositivos apreendidos durante as buscas.

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