A posse de Gleisi Hoffmann como nova ministra da Secretaria das Relações Institucionais (SRI) ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua fala durante a cerimônia, Gleisi destacou a relevância de sua função na articulação política, ressaltando a necessidade de diálogo com os diversos setores do Congresso e com a sociedade como um todo. A ministra afirmou: “Chego para somar. Foi essa missão que recebi e pretendo cumprir num governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do Congresso e com as expressões da sociedade, suas organizações e movimentos”.
Dentre suas prioridades, Gleisi mencionou a formação de uma “base estável” no Congresso e a proposta de aumentar a isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5.000 mensais. A nova ministra se comprometeu a trabalhar em prol das pautas econômicas do governo e expressou disposição para ouvir críticas e sugestões provenientes de diferentes setores. A escolha de Gleisi para o cargo gerou reações mistas entre alguns partidos do centrão e ministros do PT, que manifestaram preocupações quanto à sua capacidade de unir as diversas correntes políticas do governo.
A trajetória de Gleisi inclui confrontos com membros da oposição, além de desentendimentos com aliados, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o que gerou desconfiança em relação à sua atuação na nova função. O presidente Lula justificou a nomeação de Gleisi como um reconhecimento ao trabalho que ela realizou à frente do Partido dos Trabalhadores. Com essa nova adição, o governo Lula passa a contar com a representação de 10 mulheres em um total de 38 ministérios.