Autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia realizam uma reunião na Arábia Saudita nesta terça-feira (11) com o objetivo de restabelecer laços e avaliar a disposição de Kiev em fazer concessões, impulsionadas pela abordagem do presidente Donald Trump em busca de uma resolução rápida para o conflito. Washington, que foi o principal aliado da Ucrânia antes da posse de Trump em janeiro, alterou sua estratégia em relação ao conflito, priorizando um término acelerado das hostilidades.
Trump tomou medidas diretas em relação a Moscou, como a interrupção da assistência militar a Kiev e a suspensão do compartilhamento de informações de inteligência com a Ucrânia, que foi invadida por tropas russas em 2022. Um desentendimento significativo entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, ocorrido no mês passado, afetou profundamente as relações bilaterais.
Essa situação deixou um acordo sobre minerais em um estado incerto, pois Trump o considerava fundamental para o suporte contínuo dos EUA, além de um modo de compensar aproximadamente US$ 65 bilhões em ajuda militar fornecida pelos EUA à Ucrânia desde a invasão russa há três anos. Sob forte pressão dos EUA, o líder ucraniano se empenha para demonstrar o comprometimento de Kiev em buscar uma solução para o conflito, apesar da falta de garantias de segurança que a Ucrânia considera essenciais para qualquer acordo de paz.
“Precisamos compreender a posição da Ucrânia e ter uma noção geral das concessões que estariam dispostos a fazer, pois um cessar-fogo e o fim da guerra exigem concessões de ambas as partes”, declarou o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a repórteres enquanto se dirigia à cidade de Jeddah, na Arábia Saudita. Rubio estará acompanhado pelo conselheiro de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, durante a reunião com altos funcionários ucranianos liderados por Andriy Yermak, um dos principais assessores de Zelensky. O presidente ucraniano, que se encontrava na Arábia Saudita na segunda-feira para um encontro com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, não participará das negociações.