Um político que já foi indiciado pela Polícia Federal ainda não recebeu uma denúncia formal da Procuradoria-Geral da República. Recentemente, ele obteve autorização para realizar viagens internacionais e recuperar bens que haviam sido confiscados.
Na última terça-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes permitiu que Valdemar Costa Neto, líder do Partido Liberal (PL), retomasse diálogos com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, foram revogadas outras medidas cautelares que haviam sido impostas a Costa Neto. Como a Procuradoria-Geral da República não apresentou denúncia contra ele, Costa Neto protocolou um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que as restrições que impediam sua comunicação com outros investigados em um inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado fossem anuladas. Entre os mencionados na investigação está Bolsonaro.
O político também foi autorizado a viajar internacionalmente, participar de cerimônias em homenagem a membros das Forças Armadas e da polícia, além de recuperar relógios de luxo, valores e outros bens que haviam sido apreendidos pela Polícia Federal durante as investigações.
“O investigado foi indiciado no relatório final da autoridade policial, mas a Procuradoria-Geral da República não apresentou denúncia, o que resulta na ausência dos requisitos para a continuidade das medidas cautelares impostas anteriormente”, afirmou o ministro do STF.
