Na edição da quarta-feira (12) do programa O Grande Debate, foi discutido o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio e se o Brasil deveria retaliar essa medida. As tarifas de 25% foram implementadas recentemente, abrangendo todas as importações dessas commodities, sem exceções. O Brasil figura como o segundo maior fornecedor de aço e ferro para os Estados Unidos, correspondendo a aproximadamente 15% das aquisições desse material.
O ministro da Fazenda informou que o governo brasileiro não tem planos de adotar medidas de retaliação contra os Estados Unidos. Essa posição surgiu após uma reunião entre o ministro e representantes do setor siderúrgico. A preferência do governo, segundo o ministro, é manter o diálogo e a negociação em vez de escalar a situação.
O comentarista analisou que retaliar não seria vantajoso para o Brasil, considerando a magnitude total das exportações brasileiras para os Estados Unidos, que totalizam cerca de 40 bilhões de dólares, com menos de 8% desse valor relacionado ao aço. Ele enfatizou que o valor em jogo é de aproximadamente 3 bilhões de dólares. Cobbolla argumentou que, embora a decisão dos EUA tenha impacto em setores específicos, a diplomacia deve ser priorizada, dado o aumento das exportações brasileiras para os EUA no ano anterior.
Por outro lado, a advogada destacou que uma possível retaliação estaria alinhada com a soberania do Brasil. Ela reconheceu que as indústrias poderão enfrentar consequências, mas também mencionou a possibilidade de se abrir novos mercados em vez de apenas focar na retaliação. O ideal, segundo ela, seria agir com cuidado e diplomacia, evitando reações ásperas, como as características do governo Trump, para não prejudicar a relação comercial e permitir alternativas à economia brasileira.