De acordo com informações da Defesa Civil do Estado de São Paulo, uma árvore conhecida como Chichá, com aproximadamente 200 anos de idade, colapsou durante um forte temporal que afetou a cidade na última quarta-feira, dia 12. Localizada no Largo do Arouche, na região central da República, a árvore se partiu devido à intensidade da chuva. No mesmo dia, o Corpo de Bombeiros recebeu 217 chamados relacionados a quedas de árvores na capital e na região metropolitana, com diversas avenidas, incluindo a Avenida Sumaré, apresentando danos significativos.
Desde o início do verão, as chuvas resultaram na morte de 23 pessoas em todo o Estado de São Paulo, com seis fatalidades ocorridas na cidade de São Paulo, incluindo a de um taxista, registrada na mesma quarta-feira do incidente da árvore.
Entre as árvores que permanecem de pé na cidade, a mais antiga é a Figueira das Lágrimas, estimada em cerca de 240 anos. Esta árvore, pertencente à espécie Ficus organensis, está situada no bairro do Sacomã, na zona sul, e é considerada um símbolo histórico, representando a São Paulo do século 19 e a Independência do Brasil. O local onde se encontra era utilizado como ponto de despedida para viajantes que se dirigiam para o Porto de Santos.
De acordo com registros do Sesc São Paulo, o nome “Figueira das Lágrimas” foi atribuído ao local em função de sua função como espaço de despedida. O sítio histórico também era parte da rota de soldados a caminho da Guerra do Paraguai, que ocorreu entre 1864 e 1870. A primeira menção documentada da árvore foi feita pelo viajante português Emilio Zaluar, em 1861, e já em 1862 ela era considerada uma árvore adulta. Em 2020, para assegurar a preservação do espaço, a Subprefeitura Ipiranga estabeleceu a Praça Figueira das Lágrimas.
A Figueira das Lágrimas pode crescer até 30 metros de altura quando situada em mata densa e, em 2016, foi oficialmente tombada pelo Conpresp, que se encarrega da preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade. Além disso, em 2012, a Fundação SOS Mata Atlântica lançou uma campanha para mapear árvores antigas de São Paulo, conhecida como Veteranas de Guerra.
Outras árvores notáveis no município incluem o Jatobá do Parque da Luz e a Figueira do Piques, no Largo da Memória, além do Jequitibá-branco, que está no Parque Trianon, e a Figueira do Parque do Carmo.