Um processo judicial foi iniciado por aqueles afetados pelo colapso da barragem em Mariana no Tribunal Superior de Londres, com a demanda por indenizações superando R$ 260 bilhões em favor da mineradora anglo-australiana BHP Billiton.
O julgamento relacionado ao rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 2015, finalizou recentemente no tribunal britânico. A decisão, esperada com grande atenção, deve ser divulgada nos próximos meses. Este caso foi apresentado por comunidades, municípios, igrejas e empresas impactadas pela catástrofe, que buscam compensações da BHP Billiton, que é uma das controladoras da Samarco, a empresa responsável pela barragem que se rompeu.
As audiências tiveram início em outubro do ano anterior e foram concluídas com as alegações finais das partes interessadas. A expectativa é que a sentença seja proferida até meados de 2025, embora exista a possibilidade de que eventuais recursos sejam interpostos, o que poderia levar a um novo processo em 2026. O colapso da barragem de Fundão liberou aproximadamente 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, provocando danos ambientais e sociais devastadores.
O incidente causou a destruição de comunidades inteiras e modos de vida, além da contaminação do rio Doce e seus afluentes. A lama tóxica alcançou o Oceano Atlântico, através do estado do Espírito Santo, ampliando os efeitos trágicos do desastre. Além dos impactos ambientais, o colapso resultou na morte de 19 pessoas, gerando um legado de sofrimento e perda para as famílias envolvidas. A atenção agora se volta para a decisão do tribunal, que poderá influenciar o futuro das indenizações e a responsabilidade das empresas implicadas.
