Na madrugada de sexta-feira, 14 de outubro, um eclipse lunar total proporcionou a observação de uma Lua em tom avermelhado, fenômeno conhecido como “Lua de Sangue”. O evento foi visível a olho nu em todo o continente americano, com pico por volta das 3h da manhã, no horário de Brasília.
Durante um eclipse lunar, o satélite natural da Terra se encontra na sombra projetada pelo planeta. Em casos de eclipse lunar total, como o observado nessa data, a Lua inteira se posiciona na parte mais escura da sombra terrestre, chamada umbra, onde não ocorre a incidência de luz solar direta.
O tom avermelhado da Lua ocorre devido à dispersão da luz. A luz vermelha do Sol tem maior dificuldade de se dissipar na atmosfera terrestre comparada à luz azul. A luz solar consiste em diversas cores, cada uma com características físicas distintas. Durante o dia, a luz azul é facilmente dispersada, fazendo com que o céu aparente essa coloração. No pôr do sol, a luz enfrenta mais obstáculos para chegar aos nossos olhos, permitindo apenas a visualização de tons do espectro amarelo ao vermelho. Durante um eclipse, a Terra desempenha o papel do horizonte, refletindo a imagem do pôr do sol na superfície lunar.
Observações fotográficas do fenômeno foram registradas em várias partes do mundo.