O G7, composto pelos países mais industrializados do mundo, declarou em 14 de março de 2025 uma posição unificada em apoio à Ucrânia, solicitando à Rússia um cessar-fogo imediato conforme os termos estabelecidos por Kiev. O comunicado final, que foi analisado por uma agência de notícias, também indicou que, caso Moscou não aceitasse as condições, novas sanções econômicas seriam implementadas.
Destaca-se a adoção inesperada dos Estados Unidos à declaração, refletindo uma mudança em relação à postura ambígua que o governo anterior mantinha em relação ao conflito. A administração anterior havia se mostrado relutante em apoiar publicamente a integridade territorial da Ucrânia, além de considerar a possibilidade de que Kiev precisasse ceder algumas áreas ocupadas para alcançar a paz. Essa hesitação resultou em uma tensão crescente entre os EUA e seus aliados tradicionais.
Durante o encontro realizado em La Malbaie, no Canadá, o comunicado enfatizou a importância de “garantias robustas de segurança” para assegurar que qualquer trégua alcançada se mostre duradoura. Além disso, o texto adotou uma postura mais firme em relação à China, especialmente no que diz respeito a Taiwan.
Entretanto, o comunicado não apresentou compromissos claros sobre a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e o grupo militantemente palestino Hamas, um tópico que continua a causar divisões entre os membros do grupo.
A reviravolta na postura americana surpreendeu muitos diplomatas, que aguardavam um distanciamento mais acentuado de Washington. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, minimizou essa mudança, afirmando que divergências sobre certos assuntos não deveriam impedir a cooperação em áreas de consenso. Apesar da aliança momentânea, a incerteza em relação à política externa dos EUA ainda levanta questões.