O ex-presidente José Sarney afirmou que as Forças Armadas permanecem “fiéis às instituições” do Brasil durante um evento que celebra os 40 anos da redemocratização do país. A data de 15 de março é significativa, pois marca a assunção de Sarney à presidência em 1985, após um período de 21 anos de ditadura militar. Ele ressaltou a lealdade das Forças Armadas, citando os eventos de 8 de janeiro como exemplo de seu compromisso.
Sarney também mencionou que a vigilância constante é o preço da liberdade em relação aos avanços democráticos do Brasil. Em declarações a jornalistas, ele qualificou os recentes episódios relacionados a um plano de golpe de Estado como “extremamente danosos” e destacou que foram amplamente repugnados pela população e diversas classes sociais.
O evento, realizado pela Fundação Astrojildo Pereira no Panteão da Pátria, contou com a presença de ilustres convidados, incluindo o ex-presidente do Uruguai, Julio Maria Sanguinetti. Durante seu discurso, Sarney refletiu sobre a transição democrática após a ditadura, lembrando-se da morte de Tancredo Neves e do processo de elaboração da Constituição de 1988.
Em uma publicação recente, Sarney expressou seu orgulho ao afirmar que “a democracia não morreu em minhas mãos; ao contrário, floresceu”, evidenciando seu compromisso com a estabilidade democrática no Brasil.