17 março 2025
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Os Bonés: O Acessório que Conquista Políticos e a Sociedade

Seja durante o dia ou à noite, em condições climáticas variadas, o boné se tornou um dos acessórios mais comuns e visíveis na sociedade atual, sendo usado em diversas situações — nas ruas, nas praias, em desfiles de moda, em ambientes escolares, eventos esportivos, restaurantes, igrejas e até em centros de poder, além de uma forte presença nas redes sociais. Trata-se de uma peça que tem ganhado crescente popularidade, servindo como um meio de expressão.

A moda se configura como uma expressão não apenas de vestuário, mas também de causas, história e cultura. Dentre os diversos acessórios disponíveis, o boné se destacou como uma ferramenta de comunicação eficiente e abrangente nos últimos tempos. Ele possibilita a manifestação de opiniões políticas, sociais e também de estados de humor, além de permitir críticas e ironias, tudo isso por meio das mensagens estampadas nele.

Um exemplo recente de como os bonés têm sido utilizados na política é a troca de símbolos entre mandatários. Luiz Inácio Lula da Silva e membros do governo apresentaram um boné azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros”, em resposta ao famoso boné vermelho “Make America great again” do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A oposição também se manifestou, criando um modelo com a frase “Comida barata novamente — Bolsonaro 2026”.

O boné é reconhecido por sua capacidade de transmitir mensagens de forma rápida e direta, semelhante a camisetas. De acordo com especialistas em moda, o uso do boné está intimamente ligado à expressão de ideias e pensamentos, uma vez que ele é posicionado na cabeça, um local de grande visibilidade.

Além de seus aspectos políticos, o boné também aborda temas diversos de maneira bem-humorada. Existem bonés com mensagens que promovem a saúde mental, o feminismo, o autocuidado, além de piadas e ironias pessoais, refletindo uma grande gama de estilos e opiniões.

As redes sociais emergem como uma poderosa fonte de inspiração para novos modelos. Por exemplo, a frase “A vida presta”, que se popularizou na internet, rapidamente se tornou um hit, resultando em uma pré-venda de bonés que se esgotaram em poucas horas. A empresária responsável pelo boné “A vida presta” notou que as tendências virais se convertem rapidamente em produtos de sucesso.

O sucesso dos bonés não é recente; suas raízes se estendem até a Antiguidade. A professora de moda destaca que o auge do uso do boné ocorreu em meados do século 19, quando ele se associou ao esporte, principalmente ao beisebol nos Estados Unidos, tornando-se uma peça icônica do uniforme.

Nos primórdios do século 20, os bonés começaram a se popularizar ainda mais, favorecidos pelo universo do beisebol. Com isso, sua relação com a cultura de massa se intensificou, alcançando visibilidade em eventos e personalidades icônicas, como o cantor Michael Jackson nas décadas de 1960 e 1980, que ajudaram a consolidar sua presença na moda.

No Brasil, um dos bonés mais emblemáticos é o azul do extinto Banco Nacional, frequentemente associado ao piloto Ayrton Senna. Esse modelo foi desenvolvido em Apucarana, um município paranaense que se autodenomina “capital do boné”. O trabalho colaborativo entre Senna e designers locais resultou em um acessório que além de ser um item de moda, se tornou um símbolo cultural.

As fábricas de Apucarana respondem por 70% da produção de bonés no Brasil, empregando cerca de 20 mil pessoas e compreendendo uma extensa cadeia produtiva. O crescimento do uso do boné transformou-o de um item promocional para um acessório de moda essencial, sendo amplamente utilizado em diversos ambientes, incluindo restaurantes e cultos religiosos.

Em termos de comunicação, o boné está ocupando um espaço análogo ao da camiseta, mas com vantagens práticas. Por não requerer tamanhos específicos, o gerenciamento do estoque se mostra mais eficiente. Esta flexibilidade se traduz em menos trocas e maior facilidade na comercialização.

Pesquisadores afirmam que o boné, pela sua versatilidade, se encaixa em diferentes grupos e estilos, tornando-se acessível a todas as faixas etárias, gêneros e classes sociais. Sua posição na cabeça contribui para que as pessoas se atentem a ele durante interações, transformando o usuário em um suporte visível de mensagens e ideias.

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