O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reentrou na Casa Branca com a promessa de executar deportações em massa e um rigoroso controle sobre a imigração irregular. Recentemente, pelo menos quatro fugitivas relacionadas aos atentados de 8 de janeiro à Praça dos Três Poderes no Brasil foram detidas enquanto tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos. As prisões ocorreram em um período logo após a posse de Trump, em 20 de janeiro.
De acordo com informações divulgadas, a agência de imigração dos Estados Unidos, ICE, relatou que essas fugitivas da Justiça brasileira estão aguardando a expulsão para seus países de origem. Elas estão sendo submetidas a processos de “expulsões aceleradas”, que permitem a deportação sem a necessidade de audiência perante um juiz de imigração.
As indivíduos detidas são:
1. Raquel Souza Lopes, originária de Joinville (SC), que foi presa ao tentar entrar nos Estados Unidos em 12 de janeiro, atualmente sob custódia da ICE em Raymondville, Texas.
2. Rosana Maciel Gomes, de Goiânia (GO), que foi detida em 21 de janeiro e se encontra na custódia da ICE em El Paso, Texas.
3. Michely Paiva Alves, de Limeira (SP), também presa em 21 de janeiro e sob custódia da ICE em El Paso, Texas.
4. Cristiane da Silva, de Balneário Camboriú (SC), que tentou ingressar nos Estados Unidos em 21 de janeiro e está presa na mesma instalação em El Paso.
Três dessas mulheres (Raquel, Rosana e Michely) foram condenadas por crimes como tentativa de golpe de Estado e possuem mandados de prisão no Brasil. Não estão disponíveis informações detalhadas sobre as circunstâncias de suas detenções nos Estados Unidos, como se ocorreu em postos de imigração ou em áreas de passagem com coiotes.
As quatro detidas fazem parte de um grupo que deixou o Brasil no início do ano de 2024, estabelecendo-se inicialmente na Argentina. No final do ano, após pedidos de extradição feitos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao governo argentino, elas deixaram o país novamente, com destino aos Estados Unidos, buscando refúgio político sob a administração de Trump, que é semelhante, em termos de políticas, ao governo de Javier Milei, estreitamente alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Outros fugitivos relacionados aos eventos de 8 de janeiro continuam a residir em países como Argentina, Colômbia e Peru.