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Após enfatizar a importância de ações concretas até o próximo ano e sugerir uma reflexão sobre uma nova característica do povo brasileiro durante a abertura da reunião ministerial realizada em Brasília nesta segunda-feira, o presidente Lula afirmou a seus assessores que “2026 já começou” e que os opositores já estão se mobilizando para as eleições futuras.
No discurso, o presidente destacou a temática da herança maldita, embora não tenha mencionado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, e assegurou que está “totalmente recuperado” da cirurgia intracraniana que realizou no mês anterior. Ele frisou que sua principal luta é evitar que o país retorne “ao horror do que foi o mandato do nosso antecessor”.
“Precisamos declarar em voz alta que almejamos eleger um governo que dê continuidade ao processo democrático neste país”, disse Lula, recebendo aplausos dos presentes. “Não desejamos entregar este país de volta ao neofascismo, ao neonazismo, ao autoritarismo”, completou o presidente. Essa mensagem política foi transmitida após Lula esclarecer que não comentaria sobre números econômicos, que seriam abordados posteriormente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e que as realizações do governo ficariam a cargo do chefe da Casa Civil, Rui Costa. Segundo ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin também falaria um pouco sobre política após sua intervenção.
“O que eu gostaria de transmitir a vocês é que 2026 já começou. Se não por nós, porque temos que trabalhar, porque precisamos nos dedicar, retirar todos os obstáculos das plantações que cultivamos, pelo menos pelos adversários, a eleição de 2024 já se iniciou”, afirmou Lula.
“É só observar o que vocês veem na internet para perceber que eles já estão em campanha. E não podemos antecipar essa campanha, pois nossa prioridade é o trabalho. Para nós, antecipar a campanha significa trabalhar incansavelmente e entregar ao povo o que ele necessita”, acrescentou.
Logo em seguida, declarou que todos ali sabem da necessidade de “fazer este país retornar à democracia plena”. “Todos nós estamos cientes do que ocorreu no dia 8 de janeiro em nossas mentes e o que poderia ter acontecido se aquele evento tivesse tido sucesso. Mas todos vocês têm ciência da situação em que encontraram o ministério e do esforço que foi necessário para reestruturar a equipe e realizar as atividades essenciais”, comentou o presidente.
Reforçar os desafios deixados para o atual governo tem sido uma recomendação do novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, que coordenou a campanha de Lula em 2022, marcada por uma forte polarização em relação ao bolsonarismo.
O presidente então destacou “a competência deste governo e a habilidade daqueles que negociaram”, citando os líderes do Senado e da Câmara, Jaques Wagner e José Guimarães, respectivamente, além do ministro Fernando Haddad, “que trabalhou arduamente para que pudéssemos conseguir a aprovação da PEC da Transição”. “Todos reconhecem o empenho que foi necessário para aprovar a reforma tributária, que só trará benefícios a partir de 2027 para atender os interesses do povo, mas que rapidamente atrairá investimentos de quem deseja acreditar no Brasil e contribuir para seu desenvolvimento”, disse.
“Quero que vocês saibam de um fato sem margem para dúvidas. Estou completamente recuperado. Vocês podem notar que até deixei de usar chapéu, para prova de que meu cabelo ficará melhor do que o de Alckmin e Lewandowski. Vocês perceberão. O Lewandowski e o Alckmin terão ciúmes do meu cabelo”, brincou Lula, que vinha usando chapéus em suas aparições após a cirurgia que fez há 40 dias. Informou que ainda requer mais alguns dias para voar de avião por conta das orientações médicas, mas quis dizer aos ministros que possui um propósito.
“E esse propósito é o que me motivará em 2025. A causa é assegurar que, de maneira nenhuma, este país volte ao horror que foi o mandato do nosso antecessor. Devemos garantir que a democracia prevaleça aqui. Devemos nos comprometer plenamente a atender as necessidades das pessoas mais carentes, os pequenos comerciantes, empreendedores, pequenos e médios empresários, educadores e todos aqueles que desejam trabalhar para o bem do Brasil”, declarou.
“Portanto, quero que saibam que minha energia, disposição e dedicação são voltadas para que continuemos a lutar por uma democracia forte, que cresça cada vez mais, e para que o povo brasileiro recupere sua felicidade”, concluiu.