Na última segunda-feira, 17 de outubro, o governo da Argentina, liderado por Javier Milei, apresentou um projeto de lei que visa criminalizar as torcidas organizadas de futebol, conhecidas como “barra bravas”. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, foi a responsável pela divulgação dessa iniciativa, que tem como objetivo classificar essas organizações como associações ilícitas e aumentar as penas para seus membros, podendo resultar em reclusão de cinco a 20 anos. O projeto será debatido no Congresso.
Essa proposta surge como resposta a conflitos violentos ocorridos durante um protesto em que torcedores manifestaram apoio aos aposentados, o que resultou em feridos e detenções. Críticos da iniciativa apontam que a violência não pode ser atribuída sempre às lideranças das torcidas, e que muitas vezes é o resultado do comportamento de torcedores individuais.
Além de penalizar as torcidas organizadas, a chamada “Lei Antibarras” também estabelece a responsabilização de dirigentes de clubes que colaborarem com essas organizações. A proposta inclui a proibição de entrada em estádios para pessoas que tenham acusações relacionadas à violência. O governo já fez avanços nesse sentido, publicando um decreto que impede 26 indivíduos de terem acesso aos estádios.
Na mesma ocasião, o governo denunciou a juíza Karina Giselle Andrade, que havia liberado alguns dos detidos durante o protesto, acusando-a de prevaricação. Um novo protesto está agendado para a próxima quarta-feira, 19 de outubro.