18 março 2025
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Ibaneis Rocha Afirma: ‘Não Compartilho o Mesmo Caminho Que Lula’ à CNN

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, declarou nesta terça-feira (18) que não terá reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva até que o presidente ofereça um pedido de desculpas referente aos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Ibaneis exige que Lula se retrate por tê-lo acusado de maneira “leviana” de ser “cúmplice” do ex-presidente Jair Bolsonaro durante os atos antidemocráticos. O governador ressaltou que apenas discute assuntos governamentais com o presidente, considerando o bem-estar da população da sua cidade.

A declaração de Ibaneis ocorreu na sequência de sua ausência na posse de Beto Simonetti, novo presidente do Conselho Federal da OAB, realizada na última segunda-feira (17), evento em que Lula esteve presente.

Na esfera política, há informações de que o partido do governador Tarcísio de Freitas se tornou um obstáculo para a anistia proposta por Bolsonaro. Já o vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, comentou que a questão da anistia deve ser vista com cautela. Além disso, Lula tem investido em apoio a Rodrigo Pacheco visando a eleição para o governo de Minas Gerais em 2026.

A equipe da CNN buscou uma posição do Palácio do Planalto e aguarda uma resposta. Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, arquivou o inquérito que investigava Ibaneis por suposta omissão durante os ataques às sedes dos Três Poderes. Esta decisão foi tomada após uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que já havia se manifestado a favor do arquivamento. O procurador-geral, Paulo Gonet, destacou que os fatos apurados até agora não justificam a continuação do inquérito.

Moraes corroborou a argumentação da PGR, afirmando que, sendo o arquivamento solicitado no prazo legal, não cabe a apresentação de ação privada subsidiária ou originária, sendo a decisão irrevogável a não ser que novas provas surjam. No dia 9 de janeiro de 2023, um dia após os atos antidemocráticos, o governador foi afastado do cargo por 90 dias por decisão de Moraes, mas essa determinação foi revogada algumas semanas antes do término do prazo, resultando em um afastamento de cerca de 60 dias de Ibaneis do governo do Distrito Federal.

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