19 março 2025
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Dólar cai para nível mais baixo desde outubro, aguardando a ‘superquarta’

Na quarta-feira, bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos anunciarão suas decisões sobre as taxas de juros, o que terá um impacto significativo nas taxas de câmbio. No mercado de ações, o índice Ibovespa subiu 0,48%, encerrando o dia em 131.474 pontos.

Na última terça-feira (18), o dólar registrou uma queda de 0,21%, fechando a R$ 5,673, o menor valor desde 24 de outubro do ano anterior. Ao longo do dia, a moeda norte-americana apresentou flutuações, alcançando uma máxima de R$ 5,714 e uma mínima de R$ 5,656. A alta do Ibovespa foi impulsionada, principalmente, pela valorização de 18,38% das ações da JBS, após a BNDESPar decidir não votar na proposta de dupla listagem da companhia nos Estados Unidos e no Brasil.

Os investidores se preparam para a chamada “superquarta”, dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil e o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos decidirão as taxas de juros. A expectativa é de que o Copom aumente a taxa Selic em 1 ponto percentual, elevando-a para 14,25% ao ano, enquanto o Fed deve manter sua taxa entre 4,25% e 4,5%.

As decisões de juros nos Estados Unidos têm um efeito direto sobre o interesse dos investidores em ativos de risco, como as moedas de mercados emergentes. Se o Fed mantiver suas taxas elevadas, os títulos do Tesouro americano continuarão a ser uma opção atrativa, o que pode resultar em uma redução na demanda pelo real. Por outro lado, a significativa diferença entre as taxas de juros brasileiras e norte-americanas pode favorecer a entrada de investimentos estrangeiros.

No Brasil, a proposta de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5.000 mensais está sendo observada. O projeto, enviado ao Congresso pelo governo, tem o potencial de beneficiar cerca de 10 milhões de contribuintes. Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 27 bilhões, será instituído um imposto sobre a alta renda, com alíquotas progressivas de até 10% para aqueles que obtêm rendimentos superiores a R$ 1,2 milhão por ano.

As tensões no cenário internacional também estão afetando os mercados financeiros. Os investidores estão atentos ao aumento do conflito na Faixa de Gaza, onde ataques israelenses resultaram em mais de 400 mortes, segundo informações de fontes palestinas. Na Europa, a Alemanha aprovou um pacote de endividamento com o objetivo de reforçar sua defesa, o que pode estimular a economia da região.

Nos Estados Unidos, o presidente conversou por telefone com o líder da Rússia sobre um potencial cessar-fogo na guerra da Ucrânia. A Rússia concordou em interromper os ataques à infraestrutura da Ucrânia por 30 dias, mas condicionou uma trégua completa à cessação do apoio militar ocidental a Kiev. A incerteza em relação ao conflito e as novas tarifas impostas pelo presidente a parceiros comerciais estão causando cautela entre os investidores ao redor do mundo.

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