19 março 2025
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Ex-presidentes da República: Motivos Divergentes que os Separaram

Nesta terça-feira, 18, dois ex-presidentes da República atraíram a atenção do Senado Federal, cada um por razões distintas. José Sarney, que exerceu a presidência de março de 1985 a março de 1990, foi reconhecido por seu papel na transição do país para a democracia após um longo período de regime militar. Em contrapartida, Jair Bolsonaro, que também foi presidente, fazia sua presença notada, retornando aos espaços políticos tradicionais.

A manhã foi marcada por uma sessão especial em homenagem a Sarney, celebrando os 40 anos de redemocratização do Brasil. Ele assumiu a presidência após 21 anos de governo militar e a morte do presidente Tancredo Neves. O Congresso votou pela eleição indireta de sua chapa. Durante seu mandato, a Assembleia Nacional Constituinte foi realizada, resultando na promulgação da nova Constituição em 1988 e na realização das primeiras eleições diretas em 1989, após o regime autoritário. Em um plenário repleto, Sarney recebeu aplausos de senadores, deputados e outras autoridades presentes. Durante seu discurso, ressaltou a importância da democracia e da liberdade, destacando o papel do Congresso Nacional como representante do povo brasileiro e a necessidade de implementar direitos sociais no país.

Entre os presentes na cerimônia, estava José Dirceu, que tem se tornado uma presença mais ativa em Brasília. Vários políticos se alinearam para cumprimentá-lo, demonstrando reconhecimento e apoio, e ele recebeu aplausos em várias ocasiões.

Poucas horas após a homenagem a Sarney, Jair Bolsonaro também chamou a atenção no Senado. O ex-presidente comentou a decisão de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, de se licenciar de seu mandato e permanecer fora do Brasil. Durante sua fala, Bolsonaro demonstrou emoção e afirmou que a afastamento do filho é uma medida de combate ao que chamou de “nazifascismo” crescente no país.

Em um vídeo, Eduardo Bolsonaro expressou estar preocupado com a possibilidade de prisão por ordens do Supremo Tribunal Federal (STF) e anunciou que pretende permanecer nos Estados Unidos para buscar “justas punições” contra o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, a terça-feira foi marcada pela decisão do ministro Moraes de seguir a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e rejeitar a apreensão do passaporte de Eduardo, cujo pedido havia partido do PT alegando que o deputado fazia críticas ao Judiciário durante suas viagens internacionais, o que, segundo o partido, configuraria um crime contra a soberania nacional.

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