19 março 2025
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Efeitos do Espaço no Corpo Humano: O Desafio do Resgate de Astronautas

Deterioração óssea e muscular, exposição à radiação e problemas de visão são alguns dos desafios enfrentados por astronautas em missões prolongadas no espaço. Em uma transmissão da NASA, foi discutida a situação de dois astronautas que permanecem na Estação Espacial Internacional (ISS) desde junho do ano anterior, após a missão, que estava prevista para durar apenas oito dias, se estender por nove meses devido a uma falha na espaçonave. Especialistas consideram essas longas permanências uma nova norma, visto que os voos à ISS geralmente têm duração de seis meses, embora alguns astronautas possam ficar até um ano, com a crença de que a saúde dos viajantes pode ser mantida durante esse período.

A permanência prolongada no espaço afeta o corpo humano de várias maneiras. A falta de gravidade impede que os músculos e ossos se desenvolvam adequadamente, já que movimentos essenciais na Terra, que ajudam a fortalecer essas partes do corpo, não ocorrem no espaço. Para mitigar essa perda, os astronautas utilizam três máquinas de exercício na ISS, incluindo um dispositivo de resistência desenvolvido em 2009 que simula pesos livres. A prática diária de exercícios por cerca de duas horas tem mostrado eficácia, já que a ocorrência de fraturas entre os astronautas ao retornarem à Terra é praticamente inexistente, embora a perda óssea continue sendo uma preocupação, conforme observado por especialistas.

Outro efeito da microgravidade é a alteração do equilíbrio corporal, que afeta todos os astronautas, mesmo aqueles em missões curtas. A adaptação do ouvido interno é uma parte importante do processo de recuperação, que é abordado durante um programa de reabilitação de 45 dias. Além disso, a redistribuição de fluidos corporais pode causar um aumento na pressão intracraniana, modificando a forma do olho e gerando a síndrome neuro-ocular associada ao voo espacial (Sans), resultando em déficits visuais. Há teorias em discussão sobre o aumento dos níveis de dióxido de carbono como uma possível causa da síndrome.

Os riscos de radiação no espaço são uma preocupação significativa, pois os níveis de radiação na ISS são mais elevados do que na Terra. Apesar de haver alguma proteção oferecida pelo campo magnético terrestre, esta não é suficiente para eliminar todos os riscos. Durante missões para a Lua e Marte, a exposição à radiação será ainda maior, conforme destacado por especialistas no campo. A blindagem dos astronautas se torna essencial para limitar os riscos de câncer ao longo de suas vidas, e estratégias de proteção com materiais densos são consideradas, embora a quantidade necessária seja significativa.

No futuro, tecnologias avançadas podem ser desenvolvidas para prever eventos de radiação intensa, mas a radiação cósmica permanece um desafio incerto. Os especialistas mencionam que a blindagem efetiva pode ser alcançada com materiais pesados, mas o volume exigido é um obstáculo. Alternativas como acelerações que replicam a gravidade terrestre e inovações em terapias que aumentem a resistência à radiação estão em investigação, com um forte foco em pesquisas nessa área para melhorar a segurança dos astronautas em futuras missões espaciais.

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