A relação entre o Brasil e os Estados Unidos está enfrentando desafios significativos devido às mudanças na política externa americana sob a administração de Donald Trump. De acordo com especialistas, o novo cenário requer uma abordagem mais assertiva da diplomacia brasileira. A postura adotada por Trump marca uma ruptura com a tradição dos EUA como defensor do multilateralismo e da ordem liberal internacional, priorizando os interesses nacionais e relações bilaterais.
Dentro desse contexto, o Brasil se destaca como um parceiro central na América. Sendo o maior país da América do Sul e a segunda maior economia das Américas, o Brasil controla uma vasta área geográfica que é de interesse estratégico para os Estados Unidos.
A relação bilateral entre os dois países é construída sobre uma forte interdependência econômica, envolvendo comércio e investimentos mútuos. No entanto, especialistas ressaltam a necessidade de o Brasil ajustar sua postura para proteger-se de possíveis retaliações dos EUA. Um aspecto crítico dessa relação é a dependência tecnológica do Brasil em relação aos EUA, especialmente no campo da defesa, já que as Forças Armadas brasileiras operam com padrões tecnológicos americanos.
Atualmente, o governo brasileiro se depara com um dilema diplomático, uma vez que precisa equilibrar suas relações internacionais. Em 2023, o Brasil sediará dois grandes eventos internacionais: a Cúpula dos Brics em junho e a COP30 em novembro. Isso impõe a necessidade de o país definir sua posição em relação aos Estados Unidos.
A determinação do Brasil em alinhar-se com os Estados Unidos ou enfrentar possíveis retaliações será determinante para o sucesso dos eventos internacionais e para a manutenção de uma relação saudável com um parceiro estratégico. Portanto, esta escolha é considerada crucial para o futuro da diplomacia brasileira.