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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, congratulou Donald Trump por sua inauguração como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20. Durante uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia, ele expressou sua disposição para dialogar com a nova administração sobre a guerra na Ucrânia e assuntos relacionados a armas nucleares. Putin ressaltou a intenção de estabelecer uma paz duradoura na Ucrânia, ao invés de um simples cessar-fogo temporário.
Durante a campanha, Trump havia mencionado repetidamente sua expectativa de alcançar um acordo entre Ucrânia e Rússia logo em seu primeiro dia no cargo, 20 de janeiro. No entanto, no final de outubro, houve uma mudança em sua retórica, levando-o a afirmar que poderia resolver o conflito “muito rapidamente”. No início deste mês, o republicano revelou que planejava se reunir com Putin, embora não tenha especificado uma data. Em resposta, o Kremlin manifestou a abertura para negociações, mas confirmou que ainda não havia detalhes definidos.
Essa situação traz um contraste com a principal promessa de política externa de Trump, que seria a assinatura de um acordo de paz com a Ucrânia logo em seu primeiro dia na presidência. Assessores do presidente eleito, no entanto, admitiram que a resolução da guerra pode levar meses ou até mais tempo para ocorrer.
De acordo com informações divulgadas pela Reuters, dois conselheiros do partido republicano afirmaram que as declarações anteriores foram, em parte, parte de sua campanha, mas também revelam uma falta de compreensão sobre a complexidade do conflito. Essa avaliação é reforçada pelas declarações do novo enviado especial de Trump para a Rússia e a Ucrânia, o tenente-general aposentado Keith Kellogg, que, em entrevista à Fox News na semana passada, expressou a esperança de encontrar uma “solução” para a guerra em um prazo de 100 dias, ultrapassando assim as expectativas iniciais do presidente eleito.
