Durante a corrida eleitoral para a presidência da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), surgiram várias acusações e críticas direcionadas ao atual presidente, Wlamir Motta. Documentos obtidos indicam que a gestão atual registrou um prejuízo de 14,5 milhões de reais, em contraste com o objetivo anunciado de “otimizar gastos”. Controvérsias surgem em relação à gestão financeira, que, segundo um relatório, aumentou consideravelmente seus custos entre 2021 e 2024.
Um grupo de oposição a Wlamir alega que o presidente não seguiu o que estava estabelecido no orçamento, destacando aumentos significativos nas verbas destinadas a marketing (8%), gastos com eletrônicos (237%), competições (207%), estruturas de apoio (17%) e transmissões (24%). Além disso, o grupo aponta a perda de patrocínios importantes, como o da Prevent Senior, e uma diminuição nas receitas provenientes do contrato com a Puma. Também foi mencionado que o orçamento não incluiu patrocínios das empresas Playpiso, Solst, Pista e Campo, e MaxRecovery, que estão listadas como patrocinadoras no site da CBAt.
Nos documentos de Prestações de Contas e Orçamento de 2024, foram identificadas inconsistências, como a discriminação de um contingenciamento de 847.264,49 reais, quando o valor real foi de 188.984,00 reais. Há uma redução em impostos e taxas no montante de 237.751 reais, em um contexto de aumento nas despesas da entidade. Além disso, foram levantadas dúvidas em relação ao balanço financeiro, que indicava um resultado positivo de 3.954,28 reais no fluxo de caixa, mesmo com um balanço negativo para 2024 e despesas acumuladas de 161.795,06 reais.
As críticas também incluem a perda de três milhões de reais em materiais da Nike, após a marca descontinuar seu patrocínio à Confederação, resultando nesse impacto financeiro significativo. Jerry Welton, líder da chapa de oposição “Por um Atletismo Melhor”, afirma que a CBAt enfrentou um déficit de 5 milhões de reais, especificamente relacionado aos uniformes.
Welton esclarece que a transição de patrocínio da Nike para a Puma deixou um estoque de aproximadamente três milhões de reais em materiais, que incluíam bolsas, sapatilhas e outros itens. Durante a Assembleia Geral de Prestação de Contas, foi questionado sobre o déficit, e foi informado que parte dele estava vinculada ao suprimento da Nike, que foi incinerado.
Jerry critica a decisão de queimar o material, que poderia ter sido doado a centros e federações. Ele argumenta que a justificativa dada foi de que o material não poderia ser distribuído. Até o momento, Wlamir Motta não se manifestou sobre as questões levantadas.
