Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos em diversas localizações no Iêmen na noite anterior, atingindo áreas como a província de Saada e a cidade portuária de Hodeidah, segundo informações de fontes iemenitas. De acordo com relatos da mídia controlada pelos Houthis, mais de dez ataques foram registrados em várias localidades, incluindo o distrito de Al-Safra em Saada, que é considerado um dos principais redutos fortificados do grupo e abriga locais de armazenamento de armamento e treinamento.
Após um período de relativa tranquilidade nas rotas marítimas do Mar Vermelho, que se seguiu ao cessar-fogo em Gaza em janeiro, os Houthis, que têm vínculos com o Irã, alertaram no dia 12 de março sobre a intenção de retomar os ataques a embarcações israelenses, em resposta ao fechamento das travessias de Gaza por Israel. O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que responsabilizaria o Irã por qualquer ataque futuro realizado pelos Houthis, enfatizando que haveria consequências severas.
Apesar das pressões provenientes dos Estados Unidos, os Houthis, liderados por Abdul Malik al-Houthi, ignoraram os apelos para reduzir os ataques no Mar Vermelho. O grupo intensificou as ofensivas contra navios internacionais, afirmando que tais ações são uma demonstração de apoio ao povo palestino na guerra de Gaza. Em uma declaração feita na terça-feira (18), os Houthis indicaram que expandiriam seus alvos em Israel nas horas e dias seguintes, a menos que as “agressões” contra Gaza fossem interrompidas.
Os Houthis também afirmaram ter atacado uma base aérea israelense com um míssil balístico, embora não tenham apresentado quaisquer provas para sustentar essa alegação. O porta-voz militar do grupo, Yahya Sarea, alegou que um porta-aviões dos EUA, o USS Harry S. Truman, e outros navios de guerra também foram atingidos com mísseis e drones, afirmando que a ação frustrou intentos dos Estados Unidos.