Após receber críticas de opositores vinculados à Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) sobre a prestação de contas e o orçamento, o presidente Wlamir Motta respondeu às acusações, afirmando que a gestão do órgão é baseada em transparência, profissionalização, eficiência financeira e fortalecimento do atletismo no Brasil.
Uma das alegações feitas indicava um aumento significativo nas despesas de marketing, incluindo 8% nas verbas totais, 237% em eletrônicos, 207% em campeonatos, 17% em estruturas de apoio e 24% em transmissões, mesmo após promessas de otimização de custos. Wlamir contestou esses números, ressaltando a falta de uma base temporal para a comparação, bem como a não consideração das entregas realizadas e da audiência alcançada. Ele destacou que a CBAt realizou 16 transmissões de Campeonatos Nacionais e competições ao vivo, que somariam 45 dias de transmissão contínua, além de mais 80 lives. A TV Atletismo Brasil alcançou mais de um milhão de visualizações e 33 mil novos inscritos. Profissionais de jornalismo coordenam os narradores e comentaristas, que operam remotamente, e a produção audiovisual conta com diárias para câmeras. As transmissões, segundo Wlamir, apresentam baixo custo e proporcionam um excelente retorno sobre o investimento, promovendo tanto o atletismo quanto seus patrocinadores.
Em relação à perda do patrocínio da Prevent, Wlamir esclareceu que se tratou apenas do término de um contrato de quatro anos e que atualmente está em negociações com outras empresas do setor de saúde. Ele também abordou a alegação referente a prejuízos e irregularidades no balanço financeiro de 2024. O presidente afirmou que não há irregularidades nas contas e que a CBAt apresentou um crescimento expressivo nas receitas, passando de R$ 21,5 milhões em 2020 para R$ 40,8 milhões em 2024, com foco nas atividades principais da confederação. Além disso, as despesas administrativas tiveram uma redução significativa, caindo de 38% para 22% das receitas, cifra que está abaixo do limite de 25% estabelecido por lei. Wlamir destacou que isso demonstra uma gestão eficiente voltada ao desenvolvimento do atletismo e valorização de seus atletas.
Wlamir informou ainda que em 2023 a CBAt registrou um superávit de R$ 1.514.557. O ajuste contábil de R$ 7.259.819, decorrente da reabertura de uma glosa pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em um projeto de 2014, foi confrontado pela CBAt, que parcelou o pagamento em 48 meses, garantindo que isso não afetou o fluxo de caixa e o funcionamento da confederação. Essa decisão foi apresentada ao Conselho de Administração e validada pelo Conselho Fiscal e uma auditoria externa.
Sobre a questão da perda de 3 milhões de materiais da Nike, Wlamir comentou que o contrato com a marca encerrou em 2021 e que todas as questões relativas aos uniformes foram discutidas e aprovadas em Assembleia Geral realizada em março de 2024. Ele concluiu que levantar essa questão agora parece uma tentativa de gerar controvérsia em torno de um assunto já solucionado.