Os Estados Unidos informaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, na sexta-feira (21), que o grupo militante palestino Hamas é apontado como responsável pelas mortes ocorridas na Faixa de Gaza desde o reinício das hostilidades por parte de Israel. A embaixadora interina dos EUA na ONU, Dorothy Shea, declarou que “o Hamas tem total responsabilidade pela guerra em curso em Gaza e pela retomada das hostilidades. Cada morte teria sido evitada se o Hamas tivesse aceito a proposta de trégua apresentada pelos Estados Unidos na última quarta-feira.”
Israel, há três dias, interrompeu efetivamente um cessar-fogo que durou dois meses, iniciando novamente bombardeios aéreos e uma campanha terrestre, com a justificativa de pressionar os militantes a libertar os reféns que restam. O Hamas, por sua vez, informou que está avaliando a proposta americana para restaurar o cessar-fogo.
Desde o ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023, que desencadeou a atual guerra em Gaza, mais de 250 reféns foram capturados, dos quais 59 ainda permanecem no enclave, com 24 deles supostamente vivos. O embaixador israelense Danny Danon comentou que, nos últimos dias, Israel conseguiu eliminar vários terroristas importantes do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. Em uma única ocasião, um ataque aéreo israelense resultou na morte de mais de 400 palestinos, sem que houvesse uma nova trégua desde então.
Danon reafirmou que o Hamas deve fazer uma escolha: retornar à mesa de negociações ou esperar que sua liderança seja eliminada, enfatizando que Israel não desistirá até que todos os reféns sejam trazidos de volta para casa. Em contraste, o embaixador francês Jerome Bonnafont apelou para que Israel retome a ajuda humanitária sem condições, cesse os bombardeios e se comprometa com negociações, independentemente da lentidão desse processo, evitando responder à violência com mais violência.