A defesa do general Paulo Sérgio Nogueira afirmou, nesta terça-feira (25), que o militar desempenhou um papel importante na prevenção de uma “doideira” e de uma “ruptura”. Alega-se que ele não participou da organização criminosa supostamente envolvida em um plano de golpe de Estado. Hoje, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início à análise da acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra oito indivíduos relacionados a esse plano golpista. Os ministros estão deliberando se aceite ou não a denúncia.
Durante a sessão de julgamento, o advogado Andrew Fernandes levantou questionamentos sobre a acusação, indagando como o general poderia ser considerado parte de uma organização criminosa, uma vez que sua função era assessorar o presidente a não tomar medidas adequadas e ele se opunha a um golpe de Estado. O advogado também ressaltou que o general temia que uma “doideira” fosse aprovada e que ele não fazia parte do gabinete de gestão de crise.
Paulo Sérgio Nogueira foi comandante do Exército e atuou como ministro da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro. A PGR o identifica como integrante do “núcleo crucial” da alegada organização golpista. Os indivíduos denunciados pela PGR enfrenta graves acusações, incluindo crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado resultante de violência e ameaça grave contra o patrimônio da União, levando a prejuízos substanciais para as vítimas, além da deterioração de patrimônio tombado.