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Melania Trump chegou ao lado de Donald Trump à posse do presidente dos Estados Unidos no Capitólio, em Washington, nesta segunda-feira, 20. O look escolhido pela primeira-dama, que estava completamente vestida de preto, rapidamente se tornou viral nas redes sociais. A ex-modelo frequentemente opta por estilistas americanos para compor seus visuais; desta vez, ela escolheu o novo-iorquino Adam Lippes. Em um tom de sobriedade, Melania usou um sobretudo azul marinho escuro, chapéu, scarpin e luvas de couro, todas as peças adequadas para o intenso frio previsto na capital do país.
Na análise da estilista Manu Carvalho, a escolha do azul marinho escuro carrega uma mensagem de seriedade e uma sensação de resistência. “Ela tem a predominância do azul marinho escuro com detalhes em branco, mas emana uma aura de preto, e isso impacta o mundo inteiro. Na moda, o termo ‘imprimir’ é constantemente utilizado, pois o essencial é a impressão que causa, não a realidade em si. Pressupondo que cada detalhe tenha pensamento e estratégia, a escolha entre azul marinho escuro e branco traz uma carga de intenção, mesmo que inconsciente”, ressalta.
Ao definir a vestimenta para a segunda posse de Trump, Melania optou por um caminho contrário ao que apresentou em 2017. Naquela ocasião, ela usou um conjunto azul de inspiração jacqueliniana, cor tradicional na política que transmite valores como confiança, segurança e positividade. “Recordei de Jackie Kennedy, não só pela estética, mas pela contribuição cultural que essa primeira-dama deixou como legado para os Estados Unidos. A Europa é o berço da moda, e a América começou a incorporar esses elementos na era industrial. Jackie Kennedy transformou a Casa Branca, que tinha uma estética típica da Flórida, trazendo à tona a cultura europeia, através de decoração, papéis de parede, tapetes e arte”, destaca.
A decisão de escolher estilistas americanos parece reforçar o discurso nacionalista de seu marido, que enfatizou essa temática neste ano. “A opção por estilistas americanos para o visual já era esperada, considerando o discurso. Vemos que Jacqueline Kennedy também optava apenas por designers americanos. Já Michelle Obama, em um contexto de globalização, escolhia várias nacionalidades, incluindo iniciantes; essas decisões são marcadas por significados políticos e culturais”, conclui.