1 abril 2025
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Filme Revolucionário sobre Futebol Feminino Lança Após 42 Anos de Censura

Com a participação de Wladimir Rodrigues dos Santos, Walter Casagrande e Olívio Pitta, figuras emblemáticas da Democracia Corintiana, além do narrador Osmar Santos, o filme “Onda Nova”, lançado em 1983, retorna às salas de cinemas brasileiros nesta quinta-feira (27) com uma nova edição restaurada. O longa-metragem, dirigido por Ícaro Martins e José Antonio Garcia, narra a história do fictício “Gayvotas Futebol Clube”, uma equipe de futebol feminino formada no ano em que a prática foi finalmente regulamentada no Brasil, após longos anos de proibição.

Durante o desenvolvimento de treinamentos e desafios, as jogadoras do filme lidam com o preconceito relacionado ao gênero e à sexualidade, tanto dentro quanto fora de campo, enquanto se preparam para uma competição contra a Seleção Italiana. No decorrer da narrativa, figuras como Wladimir, Casagrande e Pitta oferecem apoio ao time protagonizado pelas jogadoras.

O filme, considerado “amoral”, foi alvo de censura durante a ditadura militar e acabou sendo totalmente proibido após sua primeira exibição na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 1983. A reestreia nos cinemas ocorre apenas agora, em 2025, após 42 anos de sua interdição. A versão restaurada foi aprimorada em 4K e é co-distribuída por Vitrine Filmes e Tanto Filmes.

O diretor Francisco Martins analisa que a proibição de “Onda Nova” se relaciona diretamente com a liberdade expressa na obra. “É um filme onde o desejo assume o protagonismo. Mesmo não tratando diretamente de política, ele se tornou um alvo da censura porque celebrava o desejo como uma força de vida e identidade – algo que, por si só, já era um ato de resistência”, destaca Martins.

A sinopse de “Onda Nova” descreve a produção de 1983 como uma comédia erótica e anárquica que traz à tona as histórias das jogadoras do Gayvotas Futebol Clube, time feminino recém-formado em meio à ditadura militar, no ano da regulamentação do esporte no Brasil, após quatro décadas de banimento. Com o suporte de ícones do futebol da época, como Casagrande, Pitta e Wladimir, as jogadoras enfrentam os preconceitos de uma sociedade conservadora, enquanto lidam com questões pessoais e familiares, preparando-se para um jogo simbólico contra a Seleção Italiana.

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