A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) instituiu uma força-tarefa visando combater o racismo e a violência no esporte. A iniciativa foi divulgada recentemente pelo presidente da entidade, Alejandro Domínguez.
O grupo de trabalho, que conta com a liderança do pentacampeão Ronaldo, reúne diversas figuras destacadas do futebol, incluindo ex-jogadores como Mauro Silva, Carlitos Tevez, Lugano e Claudio Caniggia. Também participam da iniciativa a ex-secretária geral da FIFA, Fatma Samoura, e o presidente da FIFPro, Sergio Marchi. Dentre as medidas propostas está a elaboração de uma lista de indivíduos proibidos de frequentar os estádios da América do Sul, com foco em aqueles que tenham se envolvido em atos racistas. Além disso, serão implementados novos programas educacionais para aumentar a conscientização e a prevenção do racismo no futebol.
A criação da força-tarefa se dá em um contexto de tensões entre a Conmebol e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), agravadas por episódios de ofensas racistas dirigidas a jogadores do Palmeiras e as reclamações de clubes brasileiros sobre a ineficácia das ações da entidade. O incidente mais recente ocorreu durante um jogo da Copa Libertadores envolvendo a equipe Sub-20 do Palmeiras, onde torcedores do Cerro Porteño proferiram xingamentos racistas. Em consequência, o clube paraguaio recebeu sanções, incluindo jogos à porta fechada, obrigação de publicar nas redes sociais abordagens sobre racismo e uma multa de 50 mil dólares.
Tanto o Governo Brasileiro quanto a CBF demandaram investigações sobre a conduta da Conmebol. Durante o sorteio dos grupos da Libertadores e Sul-Americana, Domínguez reafirmou o comprometimento com ações de combate ao preconceito, porém fez uma declaração controversa, comparando a possível falta de times brasileiros nas competições com a frase “Tarzan sem Chita”.
