Familiares de Kim Sae-ron, atriz encontrada morta aos 24 anos, divulgaram conversas entre ela e o ator Kim Soo-hyun, quando ainda era menor de idade, além de uma carta escrita por Sae-ron sobre o término de um relacionamento e um pagamento para a empresa do ator. As informações surgiram em meio a alegações de que o relacionamento entre os dois poderia estar relacionado à sua morte.
As novas revelações levam a um aumento das discussões sobre a proteção legal para jovens entre 16 e 19 anos na Coreia do Sul. Em resposta, foi lançada uma petição pública pedindo a expansão da faixa etária para a proteção contra abusos, indicando que a atual legislação apenas protege crianças de 13 a 16 anos, o que, segundo os autores, permite que abusadores deixem de ser processados. Esta iniciativa, batizada de Lei de Prevenção Kim Soo-hyun, já conta com um significativo número de assinaturas e, se atingir 50 mil em 30 dias, será encaminhada à Assembleia Nacional.
O ator Kim Soo-hyun, de 37 anos, confirmou, em coletiva de imprensa, que teve um relacionamento com Sae-ron, afirmando que isso ocorreu apenas após ela completar 19 anos. De acordo com ele, a discrição em torno do relacionamento se deu em virtude da promoção de seu trabalho na série “Tudo Bem Não Ser Normal”. As declarações de Kim foram confrontadas pelas famílias da atriz, que revelaram diálogos e documentos relacionados à relação dos dois.
Além disso, a família de Sae-ron aponta que a atriz tinha uma dívida significativa com a Gold Medalist, empresa fundada por Kim Soo-hyun, resultante de um acidente de carro em 2022. A acusação inclui que Sae-ron trabalhou na empresa sem remuneração, assumindo funções que iam além de seu papel como atriz. Relatos indicam que a pressão emocional e financeira vivida por ela foram fatores que contribuíram para seu suicídio, que ocorreu no dia do aniversário de Kim Soo-hyun.
Para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade emocional, existem diversos recursos disponíveis. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional 24 horas, e o Canal Pode Falar é uma iniciativa do Unicef que atende jovens de 13 a 24 anos. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS), estão disponíveis para atendimento de pacientes com transtornos mentais, incluindo unidades específicas para crianças e adolescentes. É importante buscar ajuda em momentos de crise.
