A missão Fram2, realizada pela SpaceX e lançada em 31 de outubro, tem como objetivo alcançar a órbita polar da Terra, uma trajetória inédita para voos espaciais. Diferente de outras espaçonaves que costumam seguir a linha do Equador, esta rota permitirá ao veículo passar diretamente sobre os polos norte e sul, com uma altitude escolhida que favorece um mapeamento mais eficiente das áreas.
A Agência Espacial Europeia (ESA) informa que a órbita polar opera em altitudes que variam de 200 a 1.000 quilômetros acima da superfície terrestre. Essa modalidade de órbita é especialmente valiosa para a cobertura global da Terra, possibilitando que satélites em trajetória vertical capturem imagens do planeta de maneira abrangente, enquanto este gira embaixo deles. Vale destacar que a ESA indica que a trajetória não precisa passar exatamente sobre os polos, permitindo desvios de até 10 graus para se classificar como uma órbita polar.
Realizar lançamentos que levam pessoas ou satélites a uma trajetória que circunda os polos não é uma tarefa simples e é uma prática pouco comum a partir de locais na Flórida. Os locais de lançamento na Costa Leste dos Estados Unidos são geralmente mais adequados para missões que seguem em direção ao leste, já que a rotação da Terra oferece um impulso natural significativo aos foguetes. No entanto, a missão Fram2 exigiu um lançamento voltado para o sul, representando um desafio adicional na execução do plano missionário.
