segunda-feira, fevereiro 3, 2025
HomeCotidianoA incrível jornada do astronauta e senador Marcos Pontes

A incrível jornada do astronauta e senador Marcos Pontes

#MarcosPontes #Senado #Bolsonaro #Eleições2024 #Espaço

Marcos Cesar Pontes se destacou ao se tornar o primeiro astronauta brasileiro, ao viajar para a Estação Espacial Internacional em março de 2006, a bordo da nave russa Soyuz TMA-8. Essa viagem foi parte da “Missão Centenário”, onde levou consigo oito experimentos científicos focados em ambientes de microgravidade. Após retornar à Terra em 8 de abril, recebeu a Ordem do Rio Branco das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 e, pouco depois, anunciou sua aposentadoria em 18 de maio, desde então não voltou a realizar missões espaciais.

Atualmente, Pontes ocupa o cargo de senador por São Paulo, eleito em sua primeira experiência eleitoral em 2022 com mais de 10 milhões de votos, contando com o amplo apoio do bolsonarismo e do ex-presidente Jair Bolsonaro, do qual já havia sido ministro da Ciência e Tecnologia. Contudo, essa aliança parece ter sofrido uma ruptura. Em uma declaração pública na noite de segunda-feira, 20, Bolsonaro expressou descontentamento com o ex-auxiliar, em virtude do lançamento de sua candidatura à presidência do Senado, ato que contraria as diretrizes do ex-presidente e do PL.

Bolsonaro expressou sua insatisfação, afirmando que considera a candidatura de Pontes desnecessária: “Lamento que você esteja nessa situação, pois sabe que não há chances de vitória. Se embarcarmos na sua candidatura, que considero menos problemática que outras, ficaremos sem representação em comissões. Você está pensando apenas em si mesmo. É decepcionante. Eu o apoiei em São Paulo, e isso é o que recebo em troca?”, disse. De fato, a possibilidade de Pontes garantir uma vitória no Senado é extremamente remota. O ex-presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), é amplamente considerado o favorito e possui apoio quase unânime de todas as siglas representadas no Senado.

O suporte a Alcolumbre é tão forte que já se discute a divisão dos cargos na Mesa Diretora há alguns meses. Esse é o motivo da insatisfação de Bolsonaro. No ano passado, o PL, ao indicar Rogério Marinho como candidato, ficou sem postos significativos, mesmo com a segunda maior bancada, que conta com quatorze senadores. As eleições para o Senado, que possui 81 membros, costumam ser decididas nos bastidores antes mesmo do voto, o que faz com que as escolhas já estabelecidas sejam quase sempre ratificadas nas votações.

Após a reprimenda de Bolsonaro, Pontes optou por seguir firme em sua candidatura. Em uma mensagem, fez críticas sutis à “arrogância” de algumas pessoas, e argumentou que sua candidatura é positiva para o PL e não interfere na estratégia do partido, finalizando sua comunicação com um caloroso “grande abraço espacial”.

Aparentemente, o senador está se preparando para retomar suas atividades, no entanto, a nova missão que ele enfrenta é significativamente mais desafiadora.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

error: Conteúdo protegido !!