No contexto atual da guerra comercial iniciada pela administração Trump, o Brasil não se encontra na pior situação. O país enfrentará tarifas adicionais de 10%, o que representa uma carga menor em comparação a vários concorrentes em determinados produtos. Essa é a primeira análise a ser feita ao observar a política tarifária imposta pelo presidente dos Estados Unidos.
Além disso, é importante ressaltar que a diplomacia brasileira continuará a trabalhar para mitigar os impactos dessa situação. Contudo, a realidade permanece que a guerra comercial promovida pelos Estados Unidos pode resultar em sérias consequências para a economia global. A revista The Economist usou o termo “ruína” em referência a este cenário, que pode afetar substancialmente o governo Lula.
Historicamente, quando os Estados Unidos implementaram tarifas elevadas para “proteger sua economia”, há quase um século, a consequência foi a prolongação da Grande Depressão. Essa situação pode implicar que, por um lado, os economistas estão equivocados sobre os efeitos esperados, ou, por outro lado, a política tarifária provocará inflação e estagnação econômica.
Diante desse cenário, o movimento bolsonarista, considerado o principal aliado do trumpismo na América Latina, demonstra incerteza quanto a suas opções. Enquanto isso, o ex-presidente Bolsonaro continua apoiando Trump, e membros de seu partido no Congresso se aliam a representantes do partido opositor para aprovar a lei de reciprocidade. No meio desse embate, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um nome forte para a sucessão em 2026, enfrenta a dificuldade de decidir sobre sua posição pública.
