A almirante Linda Lee Fagan, comandante da Guarda Costeira dos EUA, compareceu a uma audiência do Subcomitê de Investigações de Segurança Interna e Assuntos Governamentais do Senado, no Capitólio, em Washington, D.C., em 11 de junho de 2024. O governo de Donald Trump anunciou, no dia 21, a demissão de Fagan, que foi a primeira mulher a liderar uma das seis Forças Armadas americanas, após ser nomeada para o cargo em 2021 pelo ex-presidente Joe Biden.
O secretário interino de Segurança Interna, Benjamin Huffman, confirmou a exoneração em um comunicado divulgado no site da Guarda Costeira, mencionando a “longa e ilustre carreira” de Fagan. Conforme sua declaração, a decisão foi motivada por “deficiências de liderança, falhas operacionais e a incapacidade de alcançar os objetivos estratégicos da Guarda Costeira dos Estados Unidos”.
Uma fonte do Departamento de Segurança Interna, que preferiu manter o anonimato, informou à Fox News que um dos principais motivos para a remoção de Fagan foi a sua ênfase “excessiva” nas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), um assunto que gerou críticas por parte de Trump e de outros republicanos mais radicais.
Além disso, a Guarda Costeira enfrenta investigações sobre agressões sexuais. De acordo com a mesma fonte, Fagan não conseguiu tratar adequadamente os problemas sistêmicos levantados por essas investigações, resultando em pouca responsabilização e transparência. No ano anterior, mais de uma dúzia de ex-alunos da Academia da Guarda Costeira, que se dizem vítimas de agressão sexual, processaram a instituição por 130 milhões de dólares em danos, alegando que a academia não adotou medidas eficazes para combater a violência sexual.
Paralelamente, Elon Musk, conselheiro de Trump e responsável por cortes de custos no governo federal, fez uma postagem nas redes sociais onde sugeriu que dar prioridade à diversidade e inclusão racial e de gênero era desnecessário. Ele afirmou que “comprometer o Exército e a segurança da fronteira dos Estados Unidos para gastar dinheiro em questões de diversidade, equidade e inclusão é inaceitável”, em sua plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter).