18 abril 2025
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Polícia Federal apreende R$ 1,5 milhão em operação contra prefeito

A Polícia Federal (PF) reportou a apreensão de R$ 1,5 milhão em dinheiro durante a operação denominada “Copia e Cola”, que envolveu 28 mandados de busca e apreensão realizados em São Paulo e na Bahia na quinta-feira, 10 de outubro. Entre os alvos da operação encontra-se o prefeito de Sorocaba, SP, Rodrigo Manga, membro do partido Republicanos. A contagem do montante apreendido levou todo o dia devido à grande quantidade encontrada. Uma parte do total, equivalente a R$ 863.854,00, foi descoberta em caixas de papelão dentro do porta-malas de um veículo em São Paulo, em posse de um parente de Manga, que é associado a uma igreja suspeita de realizar transações financeiras ilegais.

Além do montante encontrado no carro, mais de R$ 700 mil em dinheiro foi identificado em cofres que pertencem a outros alvos da operação. Os agentes da PF continuaram a contabilização dos valores na manhã seguinte, dia 11 de outubro. Segundo informações apuradas, a quantidade de cédulas permanece sob a custódia da Polícia Federal, que se encarregará da perícia e análise do material. Informações que circularam nas redes sociais sugerindo que o dinheiro teria sido devolvido são consideradas falsas. Investigações indicam que algumas organizações mantêm grandes quantidades de dinheiro em espécie para facilitar transações rápidas, sem registros, e para a aquisição de itens valiosos como joias.

As 13 armas confiscadas no local de um dos alvos permanecerão em posse da Polícia Federal. Apesar de as armas serem registradas legalmente, a PF decidiu apreendê-las uma vez que o investigado está sob a alçada de um inquérito. Assim, um procedimento administrativo será iniciado para revogar seu registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). A investigação se centra na potencial prática de contratações diretas ilegais ligadas à Organização Social ACENI, atualmente conhecida como Instituto de Atenção à Saúde e Educação (IASE), e à Prefeitura Municipal de Sorocaba, focalizando uma contratação emergencial sem licitação para a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Éden.

O avanço das investigações se deu por meio da quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, revelando indícios que implicam diretamente o prefeito Rodrigo Manga, além de secretários municipais e pessoas ligadas a ele. As apurações identificaram a possibilidade de pagamentos de propina realizados através de transações imobiliárias e depósitos em dinheiro relacionados a operadores financeiros, incluindo um amigo próximo do prefeito. Ademais, movimentações financeiras suspeitas vinculadas a uma igreja que tem ligações com a cunhada do prefeito também estão sendo investigadas.

A Organização Social ACENI é presidida por um empresário, no entanto, é controlada por sócios de outra companhia, a AP Engenharia Clínica, que é subcontratada pela ACENI. Os dois empresários envolvidos foram alvos da operação. Um deles está à frente de um clube de futebol em São Paulo, enquanto que o outro, que possui as armas apreendidas, tem um histórico criminal relacionado ao tráfico de drogas, com mais de 200 kg de cocaína apreendidos em sua posse.

A operação “Copia e Cola” da Polícia Federal incluiu buscas em várias localidades, entre elas a Prefeitura de Sorocaba, a Secretaria de Saúde, a residência do prefeito, o Diretório do Republicanos e propriedades pertencentes a indivíduos envolvidos, tais como os empresários e o ex-secretário de Administração da cidade. Em entrevista após a operação, o prefeito de Sorocaba, frequentemente referido como “prefeito tiktoker”, expressou a sua percepção de que a ação da PF e da Justiça está sendo politizada. Ele comparou sua situação à de outros indivíduos que, ao anunciarem suas candidaturas à presidência, enfrentaram ações semelhantes da Polícia Federal.

O prefeito afirmou que, embora reconheça a importância da investigação, vê a atuação da PF como politizada, alegando que há uma tendência de perseguição a aqueles que se destacam na política.

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